O Portal R10 recebeu uma denúncia envolvendo a nomeação de um estudante de medicina de uma faculdade particular de Teresina para ocupar o cargo de Secretário Parlamentar do deputado federal Átila Filho (PP). A nomeação de assessores e secretários parlamentares é uma prerrogativa do deputado, porém, existem normas estabelecidas pelo Ato da Mesa 72/97 que regulamentam tais contratações.
De acordo com as normas, a carga horária de trabalho para secretários parlamentares é de 40 horas semanais, e a frequência deve ser atestada mensalmente pelo deputado ou por um servidor designado, por meio de um sistema eletrônico chamado Sigesp.
No entanto, a nomeação do estudante de medicina, identificado como Murilo Makes da Silva Sousa, enfrenta um impedimento relacionado ao seu curso em tempo integral, o que inviabiliza a execução das atividades inerentes ao novo cargo. A nomeação consta no site oficial da Câmara dos Deputados, com a data de hoje.
O Portal R10 entrou em contato com a assessoria do parlamentar, que respondeu por meio de uma nota. Segundo a assessoria, assim que tomaram conhecimento do impedimento, procederam imediatamente com a exoneração do estudante, demonstrando compromisso com a legalidade e a adequação das nomeações.
"Assim que tomou conhecimento que o secretário parlamentar é estudante de Medicina, com carga horária de tempo integral, o deputado federal Átila Filho (PP) determinou a imediata suspensão da nomeação. A assessoria do deputado esclarece que é permitido o trabalho de secretário parlamentar no estado de origem do deputado. No entanto, no caso em questão, sendo ele aluno em regime de tempo integral, tomou-se essa medida de reverter a nomeação."
A nomeação irregular de Murilo Makes da Silva Sousa como secretário parlamentar levanta questionamentos sobre o processo de seleção e as devidas avaliações de compatibilidade de horários.