O Ministério do Turismo acionou, nessa última semana, o Ministério da Justiça e Segurança Pública para investigar a suspensão de pacotes e a emissão de passagens da linha "Promo", da empresa 123Milhas, que afetou viagens previstas para ocorrerem entre os meses de setembro a dezembro de 2023, e já haviam sido contratadas.
Conforme a Mtur, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) deve avaliar a "instauração de um procedimento investigativo que esclareça as razões de tais cancelamentos, identifique todos as pessoas atingidas e promova a reparação de danos a todos os clientes prejudicados".
A decisão do Ministério ocorreu dias após a agência tornar pública, na última sexta-feira (18), que iria suspender a emissão de passagens já compradas de sua linha "Promo", com datas flexíveis. As viagens afetadas, segundo a empresa, são as que ocorrerão de setembro a dezembro deste ano.
Ainda de acordo com a 123Milhas, a venda desse produto foi interrompidas no dia 16 de agosto.
Justificativa
Ao justificar a medida, a instituição firmou que os "fatores econômicos e de mercado" foram determinantes para a decisão. Além disso, a alta demanda por voos, tem elevado as "tarifas mesmo em baixa temporada".
Como os clientes serão compensados
A 123Milhas afertou aos seus clientes da linha um "voucher acrescido de correção monetária de 150% do CDI, acima da inflação e dos juros do mercado, para compra de quaisquer passagens, hotéis e pacotes na 123Milhas", no qual os valores serão pagos integralmente.
A empresa disse ainda que os vouchers terão validade de 36 meses, com validade a partir da data em que for solicitado. Nos casos o qual a passagem já foi emitida, a viagem será realizada normalmente.