O julgamento do ex-jogador da Seleção Brasileira Daniel Alves, acusado de estuprar uma mulher em uma casa noturna de Barcelona, foi confirmado pela Justiça da Espanha para os dias 5 e 7 de fevereiro. O jogador brasileiro está preso desde janeiro deste ano e pode enfrentar uma pena máxima de 12 anos de reclusão caso seja condenado por agressão sexual.
Mesmo que Daniel seja condenado, é improvável que o atleta cumpra a pena completa. O Ministério Público espanhol deve pedir nove anos de prisão ao ex-jogador, enquanto a sua defesa argumentará que as relações foram consensuais e pedirá pela absolvição.
Daniel está preso em uma penitenciária da cidade espanhola desde janeiro, quando foi prestar esclarecimentos à polícia sobre o caso.
Além disso, a defesa do jogador pagou uma indenização de 150 mil euros à denunciante, o que pode resultar em uma possível redução da pena. Contudo a advogada da vítima contesta essa redução.
Denúncia
Detalhes do depoimento da mulher foram divulgados em reportagem do jornal espanhol El Periódico. Ao longo das declarações, a mulher afirma ter sido abordada por Daniel Alves durante uma festa e conta que o jogador levou a mão dela aos seus órgãos genitais. Ela recusou e ele teria insistido no movimento.
Depois da ação, a mulher relatou ter sido levada a um banheiro da área VIP da boate. No local, o jogador a teria trancado, batido nela e forçado uma relação sexual.
O circuito interno de câmeras da boate reforça a denúncia da mulher, assim como exame feito na noite do suposto crime.
Daniel Alves teve a prisão preventiva decretada após se contradizer sobre o caso. Ele deu, pelo menos, três versões para o que teria ocorrido naquela noite. Na última versão dada pelo jogador, ele nega ter cometido estupro e afirma que a relação foi consensual.