A cidade de Teresina enfrenta um momento de crise na área da saúde, com a Fundação Municipal de Saúde no epicentro das preocupações.
O presidente da Câmara Municipal, Enzo Samuel, convocou uma uma reunião extraordinária, de emergência em resposta à crise, levantando a possibilidade iminente de instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). A Câmara está em recesso, mas a convocação durante o recesso parlamentar pode ser solicitada em caráter de urgência e interesse público relevante e com a devida justificativa, principalmente se a convocação for objetivo de iniciativa do próprio Poder Legislativo.
Dez vereadores já teriam assinado a proposta de CPI, caso aprovada, a Comissão terá o poder de aprofundar as investigações, podendo resultar no afastamento do prefeito Dr. Pessoa e quem assume a liderança municipal, é o vice-prefeito, Robert Rios.
A situação crítica veio à tona com o desligamento da empresa IThe Imagem, que desativou e retirou equipamentos como ultrassonografia, raio-x e tomografia, do Hospital de Urgência de Teresina - HUT.
CRM emite nota
O Conselho Regional de Medicina do Estado do Piauí (CRM-PI) emitiu nota, uma nota na noite desta quarta-feira (27), revelando a situação na saúde pública de Teresina. Fiscalizações realizadas entre os dias 22 e 26 deste mês apontaram problemas generalizados, especialmente no Hospital de Urgência de Teresina (HUT) e em Unidades de Pronto Atendimento.
A falta de abastecimento de medicamentos e insumos foi identificada como um problema crítico, resultando de questões administrativas, programação de consumo e compras, além de falta de pagamento a fornecedores e inadimplência de contratos. A tomografia do HUT foi desativada, e houve falta de insumos essenciais.
O CRM-PI alertou para a falta de condições de trabalho para os médicos, impactando a qualidade da assistência e colocando em risco a vida dos pacientes. O Conselho solicitou aos gestores municipais medidas imediatas para corrigir as deficiências identificadas, ameaçando ações legais caso não haja pronta resposta. Os relatórios das fiscalizações serão encaminhados às autoridades competentes. A situação é urgente, exigindo soluções para evitar um colapso na saúde pública da capital piauiense.