O influenciador, Italo Bruno, preso na operação Jogo Sujo foi apontado como líder do esquema responsável pala lavagem de dinheiro para facções criminosas em Teresina.
Italo foi preso na manhã desta quinta-feira (11), em operação da Polícia Civil do Piauí, por meio da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática - DRCI em conjunto com a SOI/SSP-PI, com o objetivo de reprimir os crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa e jogos de azar.
Durante coletiva de imprensa, o delegado Alisson informou que Ítalo foi o ponto focal de onde partiram as denúncias e é apontado como líder na lavagem de dinheiro para fações criminosas. Durante as investigações, os agentes observaram inconsistências nas operações financeiras do influenciador.
“Ítalo foi o ponto focal, de onde partiram as denúncias que recebemos, e a partir dele que encaminhamos a investigação. O que percebemos foram várias discrepâncias bem nítidas de patrimônio. Identificamos que ele tem uma renda declarada de R$ 2 mil reais e uma empresa cadastrada de R$ 1 mil reais, e estava faturando quase R$ 2 milhões num período de 3 meses aproximadamente. Havia uma discrepância muito grande. Fora isso, verificamos por meio dele mesmo, que divulgava vários artigos de luxo. Descobrimos também casas que ele comprou em condomínio de luxo, carro avaliado em quase R$ 1 milhão de reais. Motos de mais de R$ 250 mil reais. Fomos identificando essas discrepâncias. Outro ponto é que nada estava no nome dele, que é uma prática muito comum na ocultação de patrimônio e lavagem de dinheiro”, esclareceu o delegado.
A operação resultou na detenção de 11 indivíduos e na apreensão de oito carros e 13 motos, além de uma quantidade de maconha. No desdobramento da ação, a mãe, irmã e amigos de Itallo foram conduzidos pelas autoridades. Paralelamente, um funcionário da Assembleia Legislativa está sob investigação em relação ao rebocamento de veículos. Conforme as apurações, as demais pessoas detidas, suspeitas de integrar essa rede criminosa, desempenhavam diversas funções, atuando como despachantes para adquirir e ocultar os veículos provenientes das rifas.