Um homem, que prefere não se identificar, denunciou, em entrevista ao programa Bom Dia Meio Norte, da TV Meio Norte, ter sido vítima de abuso sexual, cometido por um médico cardiologista de Teresina, durante consulta em uma clínica particular da capital. Segundo o homem, o caso aconteceu no dia 18 de abril de 2023, e agora está sob segredo de justiça.
Na reportagem exibida nesta quarta-feira (31), a vítima relatou ter se consultado com o médico para realizar um MAPA (Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial), e receber os resultados com o mesmo profissional. Na primeira consulta, ele conta que o cardiologista disse que precisava o examinar melhor, pedindo para o paciente descer a calça. "Ele começou a pegar no meu pênis e falou 'se você sentir uma ereção, não se preocupe, é normal'. Eu fiquei imóvel, fiquei com medo, fiquei neutralizado", conta a vítima em entrevista.
Após o atendimento, o paciente relata ter se sentido desconfortável, mas retornou ao cardiologista para receber os resultados do exame, que haviam indicado alterações. Na consulta, a vítima relata que o médico realizou o mesmo procedimento de pedir para ele tirar a calça, só que dessa vez o profissional tentou praticar sexo oral com o paciente, que relata ter saído imediatamente do local, ameaçando denunciar o médico.
Segundo o homem, ao denunciar o caso para o seu plano de saúde, não recebeu tratamento adequado, então procurou a polícia para registrar um Boletim de Ocorrência (BO) no dia seguinte. Ele relata que recebeu a devida assistência da Polícia e aguardou que o caso desenrolasse na justiça, mas a pouco tempo soube que a justiça fez um julgamento sem a sua presença.
Durante a entrevista o homem ainda alega ter descoberto não ser a única vítima do referido cardiologista, o qual ele diz ser conceituado na capital. O Conselho Regional de Medicina do Piauí (CRM-PI), informou em nota que está aberto para a apurar a denúncia.
Confira na íntegra:
O Conselho Regional de Medicina (CRM-PI) está aberto para quarquer tipo de denúncia contra a conduta de profissionais médicos. Todas as denúnicas são apuradas pela Corregedoria, se preenchidos alguns requisitos, como assinatura e documentos do denunciante. Após isso, é aberta sindicância para apuração, que terá, após diligências, o parecer do relator. O relatório será enviado para análise da Câmara Técnica para avaliação e votação. Caso seja constatado que o médico infrigiu algum dispositivo do Código de Ética Médica, estará sujeito às penalidades previstas no Art. 22 da Lei nº 3.268/1957.