Na manhã deste domingo (24), a Polícia Federal (PF) efetuou a prisão de três suspeitos de mandar matar a vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, bem como na tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves.
As prisões ocorreram durante a operação da PF, denominada Murder Inc., com apoio da Procuradoria-Geral da República (PGR) e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).
A ação resultou na detenção do deputado federal Chiquinho Brazão, seu irmão Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio, e do ex-chefe de Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa.
A operação tem respaldo nos mandados expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que inclui três prisões preventivas e 12 mandados de busca e apreensão, todos realizados na cidade do Rio de Janeiro. Além disso, são investigados crimes de organização criminosa e obstrução de justiça.
Chiquinho e Domingos Brazão têm influência política em Jacarepaguá, bairro da Zona Oeste do Rio, historicamente vinculado à presença de milícias.
Chiquinho Brazão, mencionado na delação de Ronnie Lessa, confesso assassino de Marielle Franco, ocupou uma cadeira na Câmara Municipal do Rio pelo MDB durante 12 anos, incluindo o período em que Marielle também atuava no legislativo municipal.
Em 2018, foi eleito deputado federal pelo Avante e reeleito em 2022 pelo União Brasil. Apesar de ter afirmado anteriormente um bom relacionamento com Marielle, seu irmão Domingos Brazão teve seu nome citado no depoimento do miliciano Orlando Curicica à Polícia Federal sobre o caso.