Com avanço significativo nos últimos anos, a produção de mel no Piauí é majoritariamente oriunda do trabalho de agricultores familiares. Cerca de 93% da produção vem das cerca de 10 mil famílias que trabalham com o segmento no interior do estado.
Dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) apontam que o Piauí exportou, em 2023, cerca de U$ 31,2 milhões, o que dá um valor aproximado de R$ 173 milhões. O estado foi o responsável por 36,6% das vendas do produto ao exterior, sendo, dessa forma, o maior exportador do produto no Brasil.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que, em 10 anos, a produção de mel no Piauí aumentou em 432%: saltou de 1.563 toneladas, em 2012, para 8.321 toneladas em 2022.
O número representa que este é um setor relevante para a economia do estado, mas que também simboliza mudança na qualidade de vida de quem atua com esse trabalho.
Além de figurar como o maior exportador de mel e um dos maiores produtores do Brasil, o Piauí é caracterizado por ter, em mais de 90% da sua produção, a certificação de produto orgânico. A SAF também tem atuado em obras de construção, reforma e ampliação das casas de mel para incentivar a produção orgânica. A produção anual é de aproximadamente 9 mil toneladas.
O diretor de Projetos para os Territórios do Semiárido da SAF, Francisco das Chagas Ribeiro, o “Chicão”, lembra que a apicultura é uma atividade que preserva a natureza e está em sintonia com o momento em que se discute os impactos das mudanças climáticas.
“Nos próximos anos, nós vamos continuar atuando fortemente na apicultura, porque tem gerado renda e, principalmente, ocupação com trabalho no campo. É uma atividade ecológica que preserva a natureza, que está em sintonia com essas ações relacionadas às mudanças climáticas, melhorando a qualidade de vida, tornando-a mais saudável no campo e, por consequência, também na cidade”, pontua o gestor.