O vereador Enzo Samuel (PDT), atual presidente da Câmara Municipal de Teresina, enfrenta duras críticas por seu histórico de alianças políticas, que, segundo opositores, revelam uma postura de conivência com a gestão de Dr. Pessoa e, agora, uma busca estratégica pelo apoio de Sílvio Mendes para se manter à frente do Legislativo. Enzo liderou a base de Dr. Pessoa na Câmara por um breve período em 2022, após a saída de Renato Berger, que foi nomeado para a Secretaria de Esportes e Lazer. Na época, a sua liderança foi cercada de polêmicas, com acusações de falta de independência e um papel passivo em relação à fiscalização da administração municipal.
Enzo deixou o cargo em meio a uma crise com o vice-prefeito Robert Rios, alegando que Rios centralizava a articulação política e diminuía sua autonomia como líder. Esse episódio revelou, para muitos, uma liderança frágil e limitada, com Enzo atuando mais como figura simbólica do governo do que como um efetivo articulador político ou fiscalizador da gestão.
As críticas intensificaram-se agora que Enzo buscou o apoio do prefeito eleito, Sílvio Mendes, para sua reeleição na presidência da Câmara. Parlamentares da oposição veem essa tentativa de aproximação com Mendes como uma mudança de rota oportunista, principalmente considerando que Enzo é acusado de ter defendido as pautas e omissões da gestão de Dr. Pessoa quando poderia ter exercido um papel mais ativo de fiscalização.
Para os críticos, o movimento atual de Enzo, ao tentar angariar apoio de Mendes, seria uma estratégia para garantir a manutenção no poder, evidenciando uma postura flexível que coloca alianças e vantagens pessoais acima de um compromisso claro com a população e a transparência no Legislativo. Esses opositores argumentam que a Câmara precisa de uma liderança independente e comprometida com a fiscalização, especialmente após os desgastes causados pela administração de Dr. Pessoa, e questionam se Enzo, com seu histórico recente, é o nome certo para esse desafio.