O senador Ciro Nogueira (PP-PI), manifestou-se contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que sugere alterar a jornada de trabalho para seis dias no Brasil. Em um vídeo enviado a uma lista de transmissão, o senador e presidente do PP criticou a proposta, afirmando que “dizer que é viável é mentir para a população”.
“É uma ideia tão boa quanto aumentar o salário mínimo para R$ 10 mil. Quem seria contra? Mas dizer que é viável no Brasil atual é enganar as pessoas”, argumentou Nogueira, defendendo que “não se cria riqueza por decreto, mas sim por meio do desenvolvimento”.
A discussão sobre o fim da jornada de trabalho 6 por 1 ganhou força nas redes sociais a partir de um vídeo do balconista Rick Azevedo, que relatou seu esgotamento no trabalho em uma farmácia. O vídeo viralizou e gerou apoio popular, resultando em 1,4 milhão de assinaturas no Movimento VAT (Viva Além do Trabalho). Em 2024, Azevedo, pelo PSOL, foi eleito o vereador mais votado no Rio de Janeiro, ocupando a 12ª posição geral.
A PEC também recebeu o apoio da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), que, em 1º de maio, Dia do Trabalhador, apresentou ao Congresso a proposta para reduzir a jornada semanal para 36 horas, mantendo a carga máxima diária de oito horas e sem redução salarial. A legislação atual permite jornadas de até oito horas diárias, totalizando 44 horas semanais.
Para que a PEC comece a tramitar na Câmara dos Deputados, são necessárias 171 assinaturas. Em caso de tramitação, a aprovação exigirá 308 votos favoráveis, em dois turnos, entre os 513 parlamentares.