O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, enfatizou a importância de reduzir os gastos do governo para garantir um crescimento econômico sustentável e equilibrado. "É uma ilusão achar que, se todos gastarem mais, haverá mais recursos para gastar", declarou, referindo-se a resistências de ministros contrários à contenção de despesas. O ministro concedeu entrevista a jornalista, Christiane Pelajo do canal, Times Brasil.
Haddad explicou que a moderação nos gastos públicos permite a expansão da atividade econômica privada, resultando no aumento da arrecadação de impostos. Ele destacou que o foco do governo deve ser o crescimento conjunto. “Fui ministro da Educação e já reclamei também. Cada ministério defende sua agenda, mas o que estamos fazendo é para que todos possam crescer juntos. O pior dos mundos seria disputar fatias de um bolo que não aumenta”, afirmou.
Isenções fiscais e distorções econômicas
O ministro também abordou o impacto negativo das isenções fiscais aplicadas nos últimos anos, que, segundo ele, muitas vezes não entregaram os benefícios esperados. "Foram dez anos de déficits públicos que travaram o crescimento do país. Precisamos virar essa página e garantir que a despesa cresça moderadamente, enquanto recompomos a receita perdida com benefícios que não trouxeram os resultados esperados."
Haddad destacou que o reequilíbrio das contas públicas é essencial para criar um ambiente favorável à redução da taxa de juros. Com juros altos devido à inflação, o ministro reforçou que estabilizar os gastos e aumentar a receita são passos cruciais para retomar a trajetória de desenvolvimento econômico do Brasil.
"Se moderarmos a inflação, os juros poderão cair, e o Brasil não perderá a trajetória de desenvolvimento", concluiu Haddad, reafirmando o compromisso de sua pasta com um modelo de gestão responsável e sustentável.