Teresina ficará sem coleta de lixo a partir desta sexta-feira (22). Os trabalhadores da limpeza urbana decidiram, em assembleia realizada na última segunda-feira (18), deflagrar uma greve por tempo indeterminado. Eles reivindicam o pagamento de horas extras, insalubridade, depósito do FGTS e denunciam a sobrecarga na jornada de trabalho.
Jonathas Miranda, presidente do sindicato que representa a categoria, destacou a insatisfação com a postura da empresa responsável pelo serviço.
“Acabamos de encerrar mais uma assembleia junto com a categoria, onde decidimos fazer uma greve em Teresina por tempo indeterminado. Ao longo desses dias, tratamos com a empresa contratada da coleta de lixo as nossas questões em relação à insalubridade, atrasos do FGTS e horas extras que não estão sendo pagas. Hoje pela manhã, a empresa apresentou algumas contrapropostas que foram levadas à assembleia, mas a categoria decidiu, por unanimidade, deflagrar greve. Muitos problemas já foram apresentados, prazos foram dados e nenhuma solução foi obtida”, afirmou o líder sindical.
Atualmente, o serviço de coleta de resíduos sólidos e limpeza urbana é realizado por meio de um contrato emergencial firmado entre a Prefeitura de Teresina e uma empresa privada. A licitação para escolha de uma nova prestadora foi suspensa pelo Tribunal de Contas após indícios de irregularidades.
A empresa Aurora, responsável pelo serviço, tentou negociar uma saída para evitar a paralisação, mas a proposta foi rejeitada pelos trabalhadores. Segundo Jonathas Miranda, a decisão é definitiva.
Teresina conta hoje com 1.800 trabalhadores atuando na capina, coleta de lixo e limpeza das ruas e espaços públicos, e a greve deverá impactar diretamente o funcionamento da cidade.