O dólar encerrou a sessão em disparada, com o mercado avaliando as possíveis repercussões que as medidas de corte de gastos que serão anunciadas nesta quarta-feira (27) pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em pronunciamento de 7 minutos em rede nacional, às 20h30. O anúncio será feito após reunião com Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, e Rodrigo Pacheco, do Senado, e vinha sendo adiado por cerca de um mês.
Ao final dos negócios, a moeda americana exibia alta de 1,81%, a R$ 5,913, ultrapassando a sua máxima nominal histórica, o valor de R$ 5,90, registrado no dia 13 de maio de 2020, na eclosão da pandemia da covid-19. A máxima nominal histórica desconsidera a atualização pela inflação. Na máxima da sessão, o dólar chegou a R$ 5,928.
O estresse dos ativos se deu sob rumores de que, ao anunciar o pacote de corte de gastos, o governo incluirá a isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil. Aos olhos do mercado, uma medida pode anular a outra. Uma mão reduz as despesas, mas outra abre mão de receitas.