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13/01/2025 07h54
Por: Bruna Dias

Laudo aponta que cajus ingeridos por irmãos em Parnaíba não estavam envenenados

O caso dos dois irmãos de 7 e 8 anos que morreram envenenados em agosto de 2023, em Parnaíba, no litoral do Piauí, teve uma reviravolta. Um novo laudo, obtido com exclusividade pelo Fantástico, mostra que a mulher, vizinha das vítimas, presa suspeita dos crimes pode ser inocente.

O resultado da perícia nos cajus que teriam sido comidos pelos meninos antes de morrer, e onde a polícia acreditava estar o veneno terbufós, mais conhecido como chumbinho, usado por Lucélia Maria Gonçalves, foi liberado apenas na quinta-feira (9) e apontou que não havia presença da substância nas frutas.

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

O laudo saiu um dia depois que Francisco de Assis da Costa, padrasto da mãe das crianças, foi preso como principal suspeito de envenenar um baião de dois comido por ele e toda a família em um almoço no primeiro dia do ano.

Agora, a investigação foi reaberta e as suspeitas do crime anterior também recaem sobre Francisco.

"Ainda não há um elemento que o coloque diretamente na cena do crime, mas já há informação de que aquelas crianças teriam ingerido outro alimento que não o caju. Ou seja, há um fato novo e, havendo um fato novo, é preciso que se analise toda essa circunstância", diz o promotor do caso.

A reviravolta fez com que o Ministério Público pedisse a revogação da prisão de Lucélia, que sempre negou o crime e chegou a ter a casa incendiada.

"Foi uma coisa prematuramente lançada no Judiciário, sem as devidas confrontações, e isso se prova nos fatos novos, desencadeados a partir do dia primeiro de janeiro", defende o advogado de Lucélia.

Francisca Maria, enteada de Francisco e mãe dos irmãos mortos há 5 meses, e mais dois filhos dela estão entre os quatro mortos deste novo crime. A outra vítima fatal é Manoel, também enteado dele.

Em depoimento após o crime, no dia 5 de janeiro, antes de ser preso, Francisco não escondeu o sentimento que nutria por Francisca Maria:

"Quando eu passava por ela, eu sentia às vezes até nojo. Eu olhava pra ela assim, com um pouco de raiva assim, de rancor, com uma cara ruim às vezes".

Mesmo depois de preso, Francisco, em um segundo depoimento, no dia 9 de janeiro, continuou fazendo comentários preconceituosos sobre os enteados: "Era como se eu tivesse tentando civilizar uma gente, uma civilização de índio. Primata, sabe?".

Segundo a polícia, durante a madrugada do réveillon, enquanto os outros moradores da casa dormiam, Francisco contaminou o arroz com terbufós e, na manhã seguinte, teria insistido que o arroz fosse servido no almoço.

Ele, no entanto, nega participação nas mortes. Em nota, o advogado de defesa afirmou que Francisco é inocente e que não há elementos concretos da participação dele na empreitada criminosa.

Fonte: Fantástico
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