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Piauí Piauí
06/02/2025 18h18
Por: Bruna Dias

CREA-PI sob pressão: suposta interferência em emissão de Certidão Técnica gera polêmica

O caso da emissão da Certidão de Acervo Técnico (CAT) por suspeita de intervenção de um membro do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Piaui (CREA-PI) ganha repercussão na mídia. O documento, utilizado pela empresa Pro Engenharia para participação em licitações públicas no Estado, está no centro de uma polêmica que levanta suspeitas sobre a influência indevida de um membro da diretoria do Conselho no processo de emissão.

As suspeitas de interferência recaem sobre o nome do vice-presidente do CREA-PI, Francisco das Chagas de Sousa, conhecido como "Chaguinha". Informações de bastidores dão conta que Chaguinha teria influenciado outros conselheiros e utilizado força politica para agilizar a liberação da CAT em favor da empresa Pro Engenharia. A certidão é um documento essencial para que empresas possam comprovar sua capacidade técnica e concorrer a contratos públicos. De acordo com informações preliminares, a CAT emitida teria sido utilizada em processos licitatórios que envolvem cifras de centenas de milhões de reais.

Divulgação
Divulgação

A proximidade entre Chaguinha e o empresário José Washington Alvarenga, dono da Pro Engenharia, também tem sido alvo de questionamentos. A relação entre os dois foi amplamente comentada nas redes sociais, levantando suspeitas sobre possíveis favorecimentos. Além de vice-presidente do CREA-PL, Chaguinha também é vereador na município de Picos e figura influente na politica estadual, situação que poderia ter facilitado sua atuação.

Não é a primeira vez que o nome do vice-presidente do CREA/PI, Francisco das Chagas de Sousa, tem seu nome envolvido em investigações. Enquanto vereador, Chaguinha já alvo do Ministério Publico por suspeita de fraude em pagamentos durante sua gestão como presidente da Câmara Municipal de Picos. Agora, no caso da CAT, novos indicios reforçam as suspeitas de irregularidades.

O processo, que tramita sob sigilo no CREA-PI, contém documentos que levantam dúvidas sobre a execução da obra referida na certidão. Um dos pontos mais relevantes da investigação são imagens de satélite fornecidas pela Policia Federal, que indicariam inconsistências entre o periodo de execução da obra e o registro da CAT.

O julgamento do caso pelo CREA-PI estava previsto para ocorrer no dia 3 de fevereiro, no entanto, sem justificativa, o tema foi retirado da pauta. O adiamento ocorreu em meio à presença de diversos veiculos de imprensa e advogados da empresa Pro Engenharia. Diante das suspeitas da falta de esclarecimentos por parte do conselho, o silêncio do CREA-PI apenas aumenta a pressão sobre a entidade.

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