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10/02/2025 17h17
Por: Bruna Dias

População evangélica cresce e ameaça reeleição de Lula em 2026

O crescimento contínuo da população evangélica e seu posicionamento político resistente ao Partido dos Trabalhadores (PT) têm se tornado uma ameaça à possibilidade de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2026, de acordo com estudo realizado pela Mar Asset Management. O levantamento aponta que mais de um terço da população brasileira (35,8%) será evangélica até 2026, representando um aumento em relação aos 32,1% registrados em 2022. Esse crescimento é acompanhado de uma tendência de menor apoio ao PT em municípios com maior presença desse grupo religioso.

Para realizar a análise, o estudo usou dados do IBGE sobre a população evangélica no Brasil nas décadas de 2000 e 2010, além de um aumento do número de templos evangélicos no país, uma proxy usada para mapear a evolução do número de evangélicos. A pesquisa revela que, quanto maior a densidade de templos por 100 mil habitantes, menor é a proporção de votos no PT. Em média, 5.000 templos são inaugurados por ano no Brasil, com um total de 140 mil em 2024.

 Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom / Agência Brasil
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom / Agência Brasil

Em 2022, Lula obteve 50,9% dos votos válidos, mas caso a população evangélica já fosse de 35,8% naquele ano, esse percentual teria caído para 49,8%, caso as intenções de voto entre evangélicos e não evangélicos se mantivessem iguais às de 2022. A redução teria sido suficiente para mudar o resultado da eleição. O estudo também destaca que a popularidade de Lula está abaixo da necessária para garantir a reeleição. Para ter chances de sucesso em 2026, Lula precisaria alcançar uma taxa de aprovação de 41% de ótimo/bom e garantir 87% de conversão desses votos. No entanto, pesquisa recente do PoderData mostrou que apenas 24% dos eleitores avaliam Lula como ótimo ou bom.

Mudança no Comportamento eleitoral dos evangélicos

Até as eleições de 2018, o comportamento eleitoral dos evangélicos não apresentava grandes diferenças em relação aos demais eleitores. No entanto, o estudo aponta que a ascensão de Jair Bolsonaro, com seu apelo aos valores do grupo evangélico, alterou esse cenário. Nos últimos anos, a migração do voto brasileiro para a direita ficou evidente. Em 2024, os partidos de direita receberam 43% dos votos, um aumento significativo em relação aos menos de 20% registrados em 2012. Enquanto isso, os partidos de centro mantiveram a mesma proporção de votos desde 2004, e a esquerda caiu de 37,8% em 2004 para 20,5% em 2024.

Esses dados indicam uma mudança significativa no comportamento eleitoral, especialmente entre os evangélicos, o que pode representar um desafio para o PT nas próximas eleições. A ascensão de um eleitorado mais à direita, em conjunto com a resistência ao PT dentro de determinados segmentos religiosos, pode ser um obstáculo significativo para a reeleição de Lula em 2026.

Fonte: Poder 360
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