O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, se posicionou nesta sexta-feira (13) sobre as denúncias envolvendo sua gestão no programa Cozinha Solidária. O ministro classificou as acusações como "ataques irresponsáveis" e destacou as ações de combate a fraudes em sua gestão.
Dias ressaltou que, desde que assumiu o ministério, implementou medidas rígidas de controle e auditoria, o que resultou no cancelamento de 3,7 milhões de benefícios pagos de forma irregular. O ministro citou que o Tribunal de Contas da União (TCU) apontou um desvio de R$ 34 bilhões no programa Auxílio Brasil, da gestão anterior, devido a fraudes e documentos falsificados. "A verdade irá vencer. Seguiremos combatendo fraudes, doa a quem doer", afirmou.
Denúncia e suspensão de contratos
As declarações ocorreram após o jornal O Globo revelar supostas irregularidades em contratos do programa Cozinha Solidária. Segundo a reportagem, uma ONG contratada pelo ministério teria falhado na distribuição de refeições, levantando suspeitas de desvio de recursos.
A ONG Movimento Organizacional Vencer, Educar e Realizar (Mover Helipa) teria firmado um contrato de R$ 5,6 milhões, mas não entregou a quantidade prevista de quentinhas. Investigações do jornal encontraram indícios de prestações de contas irregulares e subcontratação de entidades ligadas a ex-assessores do PT.
Em resposta às denúncias, Wellington Dias determinou a suspensão imediata dos termos de colaboração com quatro ONGs envolvidas, que somam R$ 11,4 milhões em contratos em São Paulo, Goiás, Pernambuco e Bahia. O ministério informou que abriu uma investigação interna para apurar as irregularidades e que, se houver comprovação de desvio, serão adotadas medidas como devolução de recursos e inabilitação das entidades.