A vereadora de Teresina, Samantha Cavalca (PP), se pronunciou sobre a greve dos professores da rede municipal de ensino iniciada nessa segunda-feira (17). Durante suas declarações, a parlamentar criticou a adesão à greve, que, segundo ela, não refletiria uma mobilização representativa da categoria. "Eu estou vendo que até o momento não teve adesão dos professores, são gatos pingados do PSTU, que todo mundo já conhece, é um sindicato riquíssimo", afirmou Samantha, referindo-se à greve que foi liderada, em parte, pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Teresina (SINDSERM).
Samantha também questionou a legitimidade da greve, afirmando que muitos dos sindicalistas envolvidos nunca tiveram experiências como professores em sala de aula. "Eu acho que não sabem fazer uma ordem alfabética porque nunca fizeram chamada em sala de aula", disse a vereadora, criticando a postura dos representantes do sindicato.
Ela ainda ressaltou os esforços do prefeito Silvio Mendes (União Brasil) para melhorar as finanças da cidade e garantir o reajuste salarial para os professores, sugerindo que o aumento dado pelo prefeito foi superior ao oferecido por outros governos, como o de Rafael Fonteles e o do presidente Lula.
"Se o doutor Silvio Mendes pegou a prefeitura totalmente esculhambada, quebrada, ele fez esse esforço fiscal para poder dar esse aumento para os professores acima do que deu Rafael Fonteles, acima do que deu o presidente Lula, então estão reclamando de que? E onde é que estavam esses sindicalistas na gestão do Doutor Pessoa? Agora, nos primeiros momentos da gestão que o prefeito Silvio Mendes tem que ajeitar a casa, é um passo de cada vez, e esses gatos pingados estão querendo fazer disso algo que não existe, a maioria dos professores estão satisfeitos. O que a gente tem que esperar de sindicalista? Sindicalista do PSTU ninguém deve dar moral para eles não", afirmou a parlamentar.
Por outro lado, o SINDSERM, que representa os servidores da educação, defende que o reajuste salarial de 6,5% anunciado pela Prefeitura de Teresina não atende às exigências legais. De acordo com o sindicato, a legislação federal, municipal e o Acórdão 219/2023 do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PI) garantem um aumento de 22,07%. O sindicato também criticou o secretário de Educação, Ismael Silva (PSD), por, em seu passado como vereador, ter votado a favor de um reajuste maior, mas agora não cumpri-lo.
Além das questões salariais, o sindicato denunciou problemas estruturais nas escolas e Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs), como falta de manutenção, ausência de auxiliares de apoio à inclusão e o descumprimento de direitos dos alunos com necessidades especiais. O SINDSERM ainda relatou um aumento nos casos de assédio moral e jornadas de trabalho excessivas e ilegais.
Diante da situação, o sindicato busca uma mediação com os vereadores para tentar chegar a um acordo com o prefeito Sílvio Mendes e resolver as demandas da categoria, em especial as questões relacionadas ao reajuste salarial e às condições de trabalho nas escolas municipais.