O presidente do PSTU, Geraldo Carvalho, emitiu uma nota de repúdio às recentes declarações da vereadora de Teresina, Samantha Cavalca (PP), que criticou a adesão dos professores da rede municipal à greve por tempo indeterminado. Em suas falas, Samantha chamou a greve de "não representativa" e descreveu a participação de professores como “gatos pingados”, além de fazer críticas ao PSTU.
Em resposta, Geraldo Carvalho reafirmou o apoio do PSTU aos professores e criticou a postura da vereadora. Na nota, ele também desafiou a vereadora a abrir mão de seus altos salários, sugerindo que ela experimente viver com o piso salarial de um professor do município para entender as dificuldades enfrentadas pela categoria. Geraldo criticou ainda a falta de empatia da parlamentar com a luta dos educadores e reiterou o compromisso do PSTU em apoiar a greve em busca de melhores condições para os profissionais da educação.
Confira a íntegra da nota:
"Professores e professoras de Teresina,
o PSTU está mais uma vez do seu lado, na luta justa por melhores salários e condições de trabalho na educação municipal.
A greve é um direito legítimo e necessário quando os governos não atendem às demandas da categoria, e se recusam a negociar.
A Câmara de Vereadores não está ajudando para abrir um canal de negociação. Alguns vereadores, na verdade, estão até atrapalhando.
A vereadora Samantha Cavalca é um mau exemplo disso. Ela é da base do prefeito Sílvio Mendes, e assim como ele, é cheia de privilégios, mordomias e super-salários.
Em vez de ouvir os educadores e educadoras, Samantha usou a tribuna da Câmara para tentar desqualificar a categoria.
Samantha, respeite os professores e professoras! Parcela importante da categoria inclusive votou no atual prefeito, na esperança de dias melhores.
No discurso, a vereadora também tentou desmoralizar os que fazem o SINDSERM e o PSTU, mas nós não nos calaremos diante de ataques de tão baixo nível.
Se os salários dos trabalhadores da educação municipal é tão bom assim, fazemos um desafio a Samantha Cavalca: porque a vereadora não abdica do supersalário e passa a ganhar o equivalente ao piso salarial de uma professora do município? Só a assim a vereadora vai responder a pergunta que ela mesmo fez: “Os professores estão reclamando de que?”
A luta dos professores não é de 'gatos pingados', é de quem constrói a educação todos os dias.
Enquanto a vereadora defende os interesses do governo e dos poderosos, nós defendemos os trabalhadores que estão insatisfeitos, sofrendo com salários defasados, enquanto o custo de vida em nossa cidade está nas alturas e há cobranças absurdas de taxas, como a de água e saneamento.
Aos professores e professoras de Teresina, reforçamos: contem conosco na luta por salários dignos, boas condições de trabalho e por uma educação pública de qualidade".