O governador do Piauí, Rafael Fonteles, comentou nesta quarta-feira (12) sobre a recente queda de popularidade do presidente Lula e as mudanças no primeiro escalão do governo, como a nomeação de Alexandre Padilha para o Ministério da Saúde e de Gleisi Hoffmann para o Ministério de Relações Institucionais. A declaração foi feita durante a solenidade em comemoração aos 202 anos da Batalha do Jenipapo em Campo Maior.
Para Fonteles, as mudanças fazem parte da estratégia do presidente para fortalecer a articulação política e aprimorar a comunicação do governo.
"O presidente tem o direito de mexer no seu time com os propósitos que ele considera essenciais para melhorar a comunicação com a população, a articulação com o Congresso e a eficácia das políticas públicas. Essa queda de popularidade é reflexo da inflação dos alimentos, mas é algo passageiro e será revertido com as medidas que estão sendo tomadas, a supersafra que teremos e a estabilização do câmbio. Além disso, Lula estará mais presente nos estados, entregando aquilo que foi planejado nos dois primeiros anos de governo. Como ele mesmo diz, este é o ano da colheita", afirmou o governador.
Apesar da confiança de Fonteles, Lula enfrenta o pior índice de aprovação desde o início de seu mandato. Segundo a pesquisa Genial/Quaest divulgada recentemente, a desaprovação ao governo subiu significativamente desde dezembro de 2023, ultrapassando 60% em estados estratégicos como São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Paraná.
Na Bahia e em Pernambuco, tradicionalmente redutos petistas, a queda foi expressiva: a desaprovação subiu de 33% para 51% na Bahia e de 33% para 50% em Pernambuco, enquanto a aprovação caiu de 66% para 47% e de 65% para 49%, respectivamente.
A crise de popularidade tem sido atribuída a dificuldades na comunicação do Planalto e à alta dos preços dos alimentos, fatores que impactam diretamente a percepção da população sobre o governo.