Na terça-feira (18), a Polícia Civil do Piauí prendeu em um condomínio na zona sudeste de Teresina, um homem de 26 anos, filho de um sargento da Polícia Militar, suspeito de aplicar golpes em bancos e instituições financeiras, além de falsificar documentos. Segundo as investigações, ele utilizava dados adquiridos na "dark web" para cometer os crimes.
A prisão aconteceu durante uma operação policial que tinha como alvo um outro criminoso. No entanto, os agentes notaram um carro entreaberto na garagem do condomínio e, ao inspecionar o veículo, encontraram uma arma e drogas.
"A operação era para prender a liderança de uma organização criminosa da capital. Mas, ao verificarmos um carro semiaberto, encontramos uma arma e drogas. Então localizamos o dono e fomos ao apartamento dele. Chegando lá, nos deparamos com um verdadeiro laboratório de falsificação de documentos", explicou o delegado Yan Brayner, diretor de inteligência da Polícia Civil.
Na residência do suspeito, os policiais encontraram diversos materiais usados para a falsificação, como cédulas de identidade de diferentes pessoas, computadores de última geração, papel próprio para impressão de documentos e plastificadores.
De acordo com a polícia, o suspeito comprava documentos falsos na "dark web", cadastrava chips de celular com essas identidades e abria contas bancárias digitais. Com as contas falsas, ele conseguia empréstimos e cartões de crédito – físicos e virtuais –, que eram usados para compras, pagamento de boletos de terceiros e até para a venda de serviços ilegais.
Apesar de ter estudado até o quarto período do curso de Direito, o homem possuía uma carteira de estudante de medicina, que, segundo a polícia, era falsa. Ele já tinha antecedentes criminais por tráfico de drogas sintéticas e agora está à disposição da Justiça.