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17/04/2025 16h45
Por: Victoria Régia

Roubar galinha para celebrar? Entenda essa tradição inusitada do Sábado de Aleluia

Você já ouviu falar em “roubar galinha” no Sábado de Aleluia? Pode parecer brincadeira, mas essa prática já foi uma tradição real em muitas regiões do interior do Brasil. Embora o nome soe como algo fora da lei, o costume fazia parte do folclore popular e era vivido com espírito de brincadeira, especialmente em comunidades rurais do Nordeste e do Sudeste.

Durante a Quaresma, período de 40 dias que antecede a Páscoa, era comum que os católicos evitassem o consumo de carne vermelha como forma de penitência. No Sábado de Aleluia, que marca o fim desse tempo de sacrifício, o clima de luto começava a dar lugar à celebração da ressurreição. Era nesse momento que surgia o "roubo de galinha", uma forma bem brasileira e irreverente de comemorar.

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Grupos de jovens e crianças saíam pelas redondezas, muitas vezes durante a madrugada, para pegar galinhas dos quintais de vizinhos, parentes ou conhecidos. Na maioria das vezes, o "roubo" era consentido ou feito com certo grau de tolerância. O objetivo não era o crime, mas a festa: com as galinhas em mãos, os moradores preparavam grandes almoços coletivos, encerrando a Quaresma com fartura, risadas e música.

Apesar do tom festivo, a prática era tecnicamente ilegal, e com o tempo foi sendo deixada de lado, seja pelo endurecimento das leis, pela urbanização ou pela mudança nos hábitos culturais. Hoje, a tradição sobrevive mais como memória afetiva e curiosidade folclórica.

Ainda que o “roubo de galinha” tenha quase desaparecido, o Sábado de Aleluia segue sendo marcado por outras tradições populares, como a malhação do Judas, que permanece viva em muitas cidades. Enquanto isso, histórias sobre galinhas “sequestradas” e panelas cheias de ensopado continuam sendo contadas com nostalgia por quem viveu esse tempo em que a celebração da Páscoa começava com um pé de molecagem — e uma boa refeição no fim.

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