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Valmir Falcão
Valmir Falcão
Advogado Tributarista. Economista CORECON
Economia Economia
23/04/2025 11h43
Por: Valmir M. Falcão Sobrinho

A EDUCACAO FINANCEIRA INFANTIL

É um desafio dos pais ensinar as crianças  cuidar do dinheiro, pois,  trata-se de uma tarefa que pode ser considerada dura,  caso,  os pais lembrem-se apenas do lado “matemático” da função, que inclui todos os cálculos, planilhas, juros e porcentagens.A educação financeira, pelos pais e mestres,  baseia-se em hábitos e comportamentos, os quais podem ser assimilados desde á primeira infância,  ensinando os pequenos, o verdadeiro valor do dinheiro.

Alguns doutrinadores afirmam que  o primeiro passo sobre finanças com as crianças é  ser não ser apenas  teórico,   é preciso aplicar o tema na vida cotidiana, dando exemplos claros e práticos para o dia a dia. A partir dos dois anos a criança começa a demonstrar suas próprias vontades.  É este o momento de ensinar o processo de troca do dinheiro por um produto .

 A EDUCACAO FINANCEIRA INFANTIL

Nas compras mais simples feitas para a criança como a de um chocolate, é valido explicar que só é possível trocar o dinheiro pelo chocolate por que os pais tem um trabalho e exercem suas atividades para ganhar tal renda. É também no momento das compras que as crianças devem estar presentes para aprenderem a pesquisar menores preços e a negociarem o pagamento final; lembrando sempre que o cartão, seja de debito ou credito, o famoso pix, não é um objeto magico: é apenas um meio de se ter dinheiro “guardado”.

Tudo começa com a famosa mesada ou “semanada” que é uma quantia de dinheiro dada pelos pais para os filhos dentro de um prazo pré estabelecido, sendo que  há duas formas práticas de se definir o valor a ser dado: a primeira,  consiste em analisar o comportamento de consumo da criança por 30 dias e,  assim entender a sua média de gastos mensal. Já a segunda é dar uma quantia por ano de idade, na semana, por exemplo.  As duas técnicas são  indicadas por garantirem um crescimento gradual do valor, à medida que os gastos e as responsabilidades financeiras vão aumentando, assim como na vida adulta.

A partir do momento que a criança ou adolescente tem uma renda (desde o cofrinho da infância.), ela deve ser estimulada a poupar. Sabe qual é o melhor presente que se pode dar a uma criança que está aprendendo a importância de poupar dinheiro,   Os cofrinhos ou outra forma  de poupar,  são ótimas opções de mostrar a importância de guardar dinheiro e, por serem baratos, podem ser dados entre os presentes

O excesso de consumo almejado pelas crianças em grande parte, ocorre por causa da influencia que elas recebem dos amigos, da escola que frequentam e das pessoas com quem convivem. Por exemplo, se a criança estuda em escola cujas famílias possuem alto padrão financeiro, é natural que ela queira receber a mesma quantidade de mesada que os amigos, que queira viajar para os mesmos lugares, ter os mesmos brinquedos e aparelhos como celulares, etc. Neste caso, é importante que haja dialogo em casa para mostrar o que realmente é necessário. Uma boa estratégia é visitar locais em que as condições financeiras são precárias, para que a criança conheça outras realidades e entenda que as coisas que ela tem são suficientes para a realidade que vive. No entanto, a melhor opção e deixá-la frequentar ambientes que estejam de acordo com as condições financeiras da família, pois,  desta forma é possível evitar que ela seja inferiorizada ou superiorizada em relação aos demais.

Portanto,  é muito importante para os pais conversarem com os filhos para que eles percebam o quanto pesam no orçamento, porque se não existir este dialogo fica cada vez mais difícil impor limites.

Até os 7 anos de idade: a ideia é, desde que a criança comece a tomar consciência, por volta dos dois anos de idade, explicar a partir de jogos e brincadeiras qual a importância do dinheiro mostrando que nem tudo, o que se vê no internet,  ou na TV, se pode ter. brinquedos ou outros presentes, por exemplo,  devem ser dados apenas em datas comemorativas, como aniversario e natal, estabelecendo regras de consumo para a criança. E também a partir desta idade  que a criança deve aprender a juntar moedas em um cofrinho.

Entre os 8 e 14 anos: é a idade da mesada, por isso, é importante ter certeza da clareza sobre o que o dinheiro representa e estabelecer metas com o valor recebido, como uma compra especial no final do ano. Nesta fase,  também devem ocorrer conversa sobre o orçamento da casa, mostrando as despesas de luz, água, condomínio e outras despesas domesticas, etc . A leitura de obras de educação financeira é  fundamental para se ter um embasamento teórico procurando sempre aquelas indicadas para a faixa etária e colocando-as sempre a  disposição para tirar eventuais dúvidas.

A partir de 15 anos: os pais devem estimular o adolescente a querer ter uma renda fixa. Caso seja cedo para um emprego, sempre monitorado pelos pais,  ele pode fazer pequenos trabalhos, em casa, como lavar o carro, por exemplo, remanejando o dinheiro da mesada para o pagamento de tais atividades. Abra uma poupança em nome  dos pequenos e faça-os depositar um valor mensal do próprio dinheiro; não deixando de ajudá-lo quando necessário.

Por fim, a educação financeira infantil é essencial para preparar as crianças para um futuro financeiro saudável, ensinando o valor do dinheiro e  como tomar decisões financeiras responsáveis.

 

Valmir Martins Falcão Sobrinho

Economista  e Advogado

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