A Justiça de Varginha (MG) atualizou o atestado de pena do goleiro Bruno Fernandes com os dias remidos por tempo trabalhado e por estudo. Agora o jogador, que pretende retomar a carreira, pode pedir a progressão de pena para o regime semiaberto domiciliar a partir do dia 13 de outubro, deixando o sistema prisional.
Bruno foi preso em 2010 e depois condenado pelo homicídio triplamente qualificado de Eliza Samúdio e por sequestro e cárcere privado do filho Bruninho. Em 2017, o goleiro chegou a ser solto por uma liminar, mas depois teve a medida revogada e foi preso em Varginha, onde cumpre pena em regime fechado desde então.
A atualização do atestado foi assinada nessa quarta-feira (3) pelo juiz Tarcisio Moreira de Souza, da 1ª Vara Criminal e de Execuções Penais da Comarca de Varginha. O pedido de progressão, no entanto, não é concedido de imediato, já que precisa ser analisado também pelo Ministério Público.
"Agora eu vou ter que aguardar o dia 13 para fazer o pedido de progressão ao regime semiaberto. Na sequência, colher o parecer do Ministério Público, para depois o juiz poder determinar a expedição do alvará de soltura dele", explicou o advogado Fábio Gama, que defende Bruno.
Caso seja concedida a progressão, Bruno vai ter o direito de dormir em casa, uma vez que Varginha não possui albergados ou outras instituições onde o preso possa ir apenas para dormir. Ou seja, na prática, é similiar ao regime aberto.
Com isso, o goleiro, que tem contrato suspenso com o Boa Esporte, pretende buscar também uma autorização especial para poder viajar para jogar, diz a defesa. O clube também já manifestou o desejo de voltar a contar com Bruno.