O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a concessionária Águas de Teresina, vereador Petrus Evelyn (PP), anunciou nesta quarta-feira (11) que encaminhou denúncias ao Ministério Público e à Polícia Civil para que sejam apuradas acusações de suposta corrupção envolvendo membros da própria comissão.
Segundo o parlamentar, circulam alegações de que integrantes da CPI teriam recebido propina para interromper os trabalhos de investigação. Diante da gravidade das acusações, Petrus comunicou a suspensão temporária da CPI até que os fatos sejam esclarecidos.
A Procuradoria Jurídica da Câmara Municipal confirmou que, de acordo com o regimento interno, o presidente da comissão tem prerrogativa para suspender os trabalhos temporariamente. No entanto, medidas como encerramento da CPI, prorrogação de prazo ou convocação de novas testemunhas devem passar pela deliberação dos demais membros.
Durante entrevista coletiva, Petrus Evelyn negou qualquer envolvimento em irregularidades e informou que disponibilizou voluntariamente seus dados bancários e fiscais às autoridades. Ele também sugeriu que os demais vereadores que integram a CPI façam o mesmo.
“Estou sendo acusado de receber propina para arquivar a CPI da Águas de Teresina. Considero essa acusação extremamente grave e acredito que, diante disso, todos os integrantes da comissão devem ter seus sigilos bancário e telefônico abertos para investigação. Já disponibilizei os meus espontaneamente”, declarou.
O vereador afirmou ainda que solicitará uma investigação ampla, incluindo a análise dos gabinetes parlamentares envolvidos. “As acusações não atingem apenas um vereador, mas comprometem a integridade da Casa. Por isso, vou pedir que a Polícia Civil e o Ministério Público investiguem todos os gabinetes e comissionados ligados à CPI”, concluiu.