A Secretária Municipal de Educação de Cajueiro da Praia, Elivânia Damasceno Hattori, foi conduzida à Central de Flagrantes no último sábado (14), após ser acusada de descumprir uma medida protetiva durante uma ocorrência registrada em Barra Grande, um dos principais destinos turísticos do litoral piauiense.
De acordo com vídeos enviados por populares, a redação deste portal procurou a defesa das vítimas - irmão e sobrinho da secretária - que informou que a medida judicial impedia qualquer tipo de aproximação entre os dois.
No entanto, por volta das 21h, ocorreu uma discussão entre a vítima e um e outro irmão, momento em que Elivânia teria chegado ao local e participado do desentendimento.
A vítima acionou a Polícia Militar, que, ao chegar ao local, constatou o contato direto entre a secretária e o irmão beneficiado pela medida.
Diante do flagrante de descumprimento, Elivânia foi conduzida à Central de Flagrantes, onde prestou depoimento. Após os procedimentos legais, ela foi liberada, advertida de seguir cumprindo com a medida concedida.
A defesa do denunciante afirma que a medida protetiva segue vigente e que o contato, mesmo que durante uma discussão, configura violação da ordem judicial.
Envolvimento em outras polêmicas
Além do episódio envolvendo a medida protetiva, a secretária Elivânia Damasceno Hattori já esteve no centro de outras polêmicas no município. Em fevereiro de 2023, o Sindicato dos Funcionários Públicos Municipais de Cajueiro da Praia (SINDFUP) ingressou com uma representação no Ministério Público contra o prefeito Felipe de Carvalho Ribeiro, a secretária de educação, a secretária de administração e finanças, Clara Pereira Sobrinho, e a empresa Luenys Braz Costa Menezes Eireli.
A denúncia aponta possíveis irregularidades na execução do contrato de transporte escolar no município. Segundo o sindicato, o contrato nº 02.0404/2022, no valor de R$ 658.480,00, não permitia subcontratações. No entanto, a entidade alega que os veículos utilizados na prestação do serviço não pertencem à empresa contratada, mas foram sublocados — em alguns casos, por pessoas físicas ou empresas ligadas a familiares ou aliados políticos das secretárias envolvidas.