O cantor e compositor inglês Roger Waters, ex-integrante da banda Pink Floyd, falou ao Fantástico sobre a polêmica causada no show para 45,5 mil pessoas, no Allianz Parque, em São Paulo, na terça-feira (9), que abriu a turnê de "Us + Them" pela América Latina.
Ele exibiu #elenão no telão e colocou o nome de Bolsonaro em uma lista de líderes mundiais classificados por Waters como neo-fascistas, e foi respondido com aplausos e vaias.
Ao Fantástico, ele explicou o que aconteceu. "É interessante porque duas coisas aconteceram. Durante a música "Eclipse" eles colocaram a hashtag que desagradou a todos. Aquilo foi um erro. Era para ter aparecido mais tarde durante a música "Mother", durante a parte "Mother should I trust the government?" (mãe, devo confiar no governo?). Seria nessa parte que apareceria "Ele não", aí faria sentido. Mas colocar no meio da "Eclipse" foi um erro do meu time. Aquela parte da música era para aparecer pirâmides, lasers coloridos. Estávamos amando uns aos outros. No fim é o clímax depois da jornada longa que atravessamos", comentou o britâncio.
O artista também disse que o que viu acontecer em seu show o fez lembrar de outros momentos na história de outros povos, como a Inglaterra antes da Segunda Guerra, quando comunistas e fascistas brigavam nas ruas. E disse que, no seu show, a luta não deveria ser entre as pessoas ali presentes, mas contra os poderosos.
E deixou um recado aqueles que vão a suas redes sociais. “Francamente, para as pessoas que comentaram na minha página do Facebook "cala a boca e apenas toca a música". Se você não gosta, não entre no meu facebook, não vá aos meus shows, ok? Se não gosta, não venha! Tudo isso é ridículo".