Ninguém disse que seria fácil e, cem dias depois de estrearem no futebol europeu, Vinícius Júnior e Paulinho ainda enfrentam as dificuldades de uma transferência tão precoce. Os garotos de 18 anos, porém, estão em momentos diferentes em seus clubes. O ex-vascaíno escolheu porto mais difícil para atracar seu barco no Velho Continente e colhe o que plantou.
Tanto Bayer Leverkusen quanto jogador esperavam um pouco mais. As dificuldades na adaptação ao jogo na Alemanha são consideradas normais, mas cada um tem uma versão para o pouco brilho de Paulinho até agora. O estafe do brasileiro vê o momento ruim do time como um obstáculo a mais no processo — a 12ª colocação na Bundesliga contrasta com o quinto lugar na temporada passada e acaba colocando mais pressão sobre o ponta. Já os alemães percebem um jogador, inclusive fisicamente, menos pronto do que esperavam.
- A diretoria do Bayer esperava mais neste começo, mas não está chateada. Eles estão dispostos a dar o tempo que for necessário - afirmou Jürgen Kemper, repórter esportivo do jornal “Express”. - Nós, da imprensa, esperávamos que seu impacto no time seria maior.
Na última quinta-feira, ele foi titular do Leverkusen na partida contra o Ludogorets, da Búlgaria, pela fase de grupos da Liga Europa. Jogou os 90 minutos e, agora, soma 261 de 1.710 possíveis, sem gols ou assistências. Para o técnico Heiko Herrlich, ele precisa marcar melhor.
- É importante que coopere defensivamente. Ele faz isso na maior parte do tempo, mas não é sempre. Foi o que aconteceu quando não tentou a disputa de cabeça antes de um gol que sofremos. Ele precisa mostrar que quer defender cada bola - explicou em coletiva antes da partida.