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Naiara Moraes
Naiara Moraes
Advogada Piauiense, Professora Doutora, Palestrante, Pesquisadora na área dos Direitos Sociais. Diretora Geral da Escola Superior de Advocacia da OAB/PIAUÍ (ESAPI, 2016/2018). Membro do Instituto dos Advogados Piauienses (IAP, 2016). Membro da Associação Jurídica e Social do Piauí (AJUSPI, 2017). Professora Adjunta de Direito da Universidade Estadual do Piauí (UESPI, 2012). Mestre e Doutora em Políticas Públicas pela Universidade Federal do Piauí (UFPI, 2012, 2016).
Brasil Jurídico
10/12/2018 15h04 Atualizada há 5 anos
Por: Dra. Naiara Moraes

Direitos Humanos:

Hoje, dia internacional dos Direitos Humanos, quando se comemora 70 anos da criação da Declaração Universal dos Direitos Humanos, vivenciamos celebrações e marcos de outras lutas que precisam ser travadas. Pois não há vitória que se comemore, nessa seara, que seja eterna, e como tudo o que se conforma na democracia, temos um processo vivo e em construção, que precisa ser acompanhado  pari passu por toda a sociedade e pela advocacia brasileira.

Fruto da articulação da OAB-PI e do Ministério Público Estadual, em uma iniciativa pioneira no Brasil, 16 (dezesseis) instituições assinaram, também na data hoje, um Acordo de Cooperação Técnica para formalizar a Rede de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos do Estado do Piauí. A formação da RedeDH é desses momentos de celebração, que em muito orgulha a atual gestão da OAB-PI, a atuação da Comissão de Direitos Humanos da Seccional, e de todos os demais atores envolvidos nesse processo, imbuídos do desafio de dar passos significativos na efetivação dos direitos fundamentais em nosso Estado.

Direitos Humanos:

Pensando nos desafios atuais de efetivação dos Direitos Humanos, a primeira lembrança que se apresenta é a da incompreensão por parte da sociedade - e porque não dizer - de parcela da advocacia, de que os direitos humanos e quem deles se apropriam em trabalho ou em direcionamento de propósitos são, em um mundo e um país cada vez mais polarizado em disputas ideológicas, vistos - pelo senso comum - como “de esquerda”. Um direito que protege apenas presidiários, pobres, imigrantes não documentados, advogados de minorias: um sentimento capaz de confundir e fragilizar a universalidade dos direitos no mundo, ao que devemos observar.

Também nos aproxima em reflexão de desafios a nova configuração da pasta ministerial de Direitos Humanos, anunciada na última semana por Onyx Lorenzini, Ministro Extraordinário da Transição, que indicou a advogada Damares Alves para o novo Ministério, que será criado no governo do Presidente Jair Bolsonaro: “Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos”. Atualmente, o Ministério dos Direitos Humanos incorporou da Secretaria de Governo da Presidência da República, a Secretaria Nacional de Políticas para Mulheres e o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher.

Nesse sentido, quanto aos direitos humanos das mulheres, vê-se, de início, positivamente, a alteração do status de Secretaria, para encaminhamento de finalidade ministerial, pois, imagina-se, a partir daí, mais verbas e mais políticas direcionadas às mulheres, que ao longo dos séculos têm sido privadas do exercício pleno de seus direitos humanos e submetidas a abusos e violências, não só em situações de guerra, mas nos espaços comuns de vida profissional, doméstica e social.

Faça-se, ainda, um recorte crítico à tônica ministerial de atuação frente às famílias. Essa, em especial, precisaremos aguardar atentamente a legislação ser alterada, analisar as políticas a que se pretendem, e acompanhar as movimentações dos advogados dessa seara. Esperamos, como tudo na vida, que seja um passo positivo. Mas, de antemão, fazemos ressalvas do direito humano de liberdade familiar e de credo sem intervenções estatais.

Enfim, como se vê, em dia de comemorações como hoje, os Direitos Humanos são o fundamento da celebração de avanços e também a confirmação de que novos desafios se avizinham, não só para a nova pasta ministerial, mas também frente ao necessário amadurecimento do olhar da advocacia brasileira, em si mesma, e diante das novas conjunturas de realidade social e política que vivenciará o país e o mundo. Encerrando nas palavras de Sobral Pinto em carta encaminhada a Castello Branco: “Só tenho uma arma, senhor presidente: a minha palavra franca, leal e indomável.” E que seja para a pacificação e conscientização do papel relevante do advogado em nossa sociedade.

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