Cleuzenir Barbosa, que foi candidata a deputada estadual pelo PSL-MG, relatou que está sendo ameaçada por dois assessores do deputado Marcelo Álvaro Antônio, que será ministro do Turismo no governo Jair Bolsonaro.
De acordo com a colunista Mônica Bergamo, da Folha, a professora aposentada contou que foi pressionada por não entregar o dinheiro do fundo de campanha.
“Recebi R$ 60 mil do Fundo Especial de Financiamento de Campanha do partido. E os assessores do futuro ministro do Turismo queriam que eu transferisse R$ 30 mil para a conta de uma gráfica de Ipatinga. E sempre falavam em nome do Marcelo Álvaro”, contou Cleuzemir.
A ex-candidata relatou também que a justificativa dos assessores era o pagamento do material de campanha. “Mas já estava tudo comigo porque o partido mandou. E certamente não custaram mais do que R$ 5 mil”, acrescenta Cleuzemir, que teria sido intimidada com uma arma de fogo quando se recusou a transferir o valor.
“Um deles chegou a tirar uma arma e colocar em cima da mesa durante uma reunião”, afirma.
Ainda segundo Bergamo, Cleuzenir prestou depoimento ao MPE-MG e fez um Boletim de Ocorrência em Governador Valadares, cidade onde ela vive.
OUTRO LADO
Marcelo Álvaro foi procurado, mas não retornou às ligações. À colunista Mônica Bergamo, o PSL de Minas Gerais disse que “o partido agiu dentro da forma da lei, sempre cumprindo a legislação eleitoral” e que não tem “nada de concreto sobre os fatos” denunciados por Cleuzenir, classificando como “fatos desconexos e sem materialidade”.