om a expectativa de receber um grande público para a posse do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), os hotéis de Brasília turbinaram os preços das diárias do Réveillon. Confirmada para acontecer no dia 1º de janeiro, a cerimônia promete atrair, segundo informações do Palácio do Planalto, 500 mil visitantes à capital federal para a virada do ano. De acordo com o Ministério do Turismo, Brasília tem cerca de 20 mil leitos registrados em hotéis.
O Metrópoles pesquisou preços em sites especializados e os comparou com o período da posse, que ocorre no primeiro dia de 2019. De acordo com o levantamento, alguns estabelecimentos chegam a cobrar quase o triplo dos valores de outros períodos do ano. Para o turista que busca hospedagem, a dica é ficar atento: as taxas podem variar bastante com a proximidade da data.
Em algumas sondagens, o preço da diária dispara de R$ 170 (no Natal, por exemplo) para R$ 536 no Réveillon. O valor cobrado pelo Hotel Mercure, localizado no Setor Hoteleiro Norte, inclui café da manhã e internet no pacote. Um dos luxuosos mais procurados, o Meliá Brasil 21, no Setor Hoteleiro Sul, está cobrando R$ 740 pela diária na virada, com direito a café da manhã. Em outros períodos, o valor não ultrapassa os R$ 215 pelo pernoite – a diferença entre as datas se aproxima dos 300% a mais.
Em outros casos, as hospedagens receberão corpo diplomático de outros países. É o caso de um dos mais novos e badalados de Brasília, o B Hotel, que chegou a cancelar a festa de Réveillon por medidas de segurança. Na página da empresa, reservas para a virada do ano saem a R$ 949 – por uma diária, entrando e saindo ao meio-dia. Em outras datas, a mesma diária custa R$ 359.
Para quem busca hospedagem mais próximo ao Palácio do Alvorada, a residência oficial do presidente da República, dois estabelecimentos também aproveitam a localidade para tentar atrair clientes. Com preços de reserva por volta dos R$ 207 em dias normais, o Brasília Palace Hotel – desenhado por Oscar Niemeyer – chega a cobrar R$ 639 para a noite do Réveillon. A variação chega a quase 300% de acréscimo.