O que pode acontecer depois de 1º de janeiro nós só vamos saber quando chegar lá. O que chama a atenção é que o presidente eleito está cumprindo o que prometeu em campanha. Não pode ser acusado do contrário. E tudo leva a crer que não teremos um estelionato eleitoral, como assistimos na última campanha eleitoral, com Dilma Rousseff. Bolsonaro foi eleito com um programa e escalou a equipe para executar o tal programa. Isso é um grande avanço.
Governos Estaduais
A situação de caixa dos governos estaduais é péssima. Mais grave do que da União. É de lamúria. O Governo Federal vem sendo procurado pelos agoniantes futuros governadores em busca de socorro. Alguns receberão o caixa sem um mísero real. A conta é de que pelo menos 11 governadores estarão nessas condições. O certo é que o Governo Federal também enfrenta dificuldades seríssimas do ponto de vista financeiro e o quadro não é muito animador. E não vai poder fazer muita coisa.
Por outro lado, o Congresso acaba de aprovar, através do presidente Rodrigo Maia, que ocupava interinamente a presidência da República, substituindo Michel Temer em viagem ao Uruguai, um afrouxamento da Lei de Responsabilidade Fiscal, que agrava ainda mais.
Os atuais governadores, alguns foram candidatos à reeleição, sabiam que tinham de cumprir a lei de responsabilidade fiscal e não deram bolas. Aumentaram salários, fizeram todas as traquinagens e agora de pires na mão, pedindo, mais uma vez, ajuda da União. Os governadores que estão indo embora, largam compromissos monstruosos e irresponsáveis. Existe uma Lei e as pessoas precisam compreender, que se não cumprirem a Lei, tem de ser responsabilizadas. Essa é a questão dos Estados. A sociedade precisa cobrar o cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal, que é a mãe de todas as responsabilidades. Chegou a hora de acertar as contas. Quem não cumprir a lei, precisa pagar o seu preço.
Confiança e Otimismo
A situação fiscal do Brasil é séria. Precisamos de um avanço efetivo das reformas, como a da Previdência, que deverá puxar a fila.
As perspectivas para o próximo ano como um todo, também são positivas. A economia deverá crescer mais do que 3% e isso se deve a uma combinação de fatores, como capacidade ociosa, inflação baixa, juros baixos para os padrões brasileiros e situação folgada das reservas internacionais.
O Brasileiro está mais otimista nesta virada de ano. Os índices de confiança de vários seguimentos têm registrado aumento. Há confiança no Consumidor, no empresariado Industrial, de Serviços e da Indústria da Construção. Faltava o Comércio, que agora está retomando o otimismo e encerra 2018 com alta expressiva no quarto trimestre. O Icon (Índice de Confiança do Comércio) da FGV, subiu para o maior valor desde abril de 2013 e as vendas neste natal subiram e foram melhores do que nos últimos três anos. Essa combinação faz com que desperte a esperança da população.
O novo governo terá de ser muito competente. O presidente que assume já escolheu e escalou a sua equipe, que está pronta para começar o jogo. A partida tem data marcada para iniciar no dia 1º e será na Esplanada dos ministérios, com milhares de Brasileiros e Brasileiras prestigiando o acontecimento cívico de maior relevância para a democracia do Brasil, que é a posse do novo presidente da República. O Brasil passa por mudanças. O otimismo toma conta da população. Que venha 2019!