As onze barragens de responsabilidade do Governo do Estado passam por monitoramento regularmente. A informação é do presidente do Instituto de Desenvolvimento do Piauí (Idepi), Geraldo Magela, que na tarde dessa segunda (28) participou de audiência com a governadora em exercício, Regina Sousa.
A orientação da governadora é de diligência das instituições públicas para o período chuvoso. “O ocorrido em Brumadinho foi um alerta que Minas Gerais nos deu. Por conta do período chuvoso, em dezembro já iniciamos as visitas às represas. Agora toda a atenção para as barragens vai ser dada nesse momento”, garante.
A barragem do Bezerro, em José de Freitas e Emparedado, em Campo Maior, possuem um monitoramento mais frequente, segundo o presidente do Idepi.
Magela informa ainda que já está na fase final, o processo licitatório para contratação da empresa que fará as obras de recuperação das duas barragens. “Até a próxima semana será divulgado o resultado dos dois certames”, diz.
Em José de Freitas serão investidos cerca de RS 16 milhões. “Será feita a total recuperação da parede, do sangradouro e de toda área da bacia hidrográfica que alimenta a barragem, além da iluminação da parece”, ressalta, explicando ainda que na barragem do Emparedado serão aplicados R$ 4 milhões.
Geraldo Magela esclarece que a barragem do Bezerro, na situação atual, não apresenta risco devido o trabalho realizado em 2018 pelo Idepi, que fez o rebaixamento do sangradouro. “Portanto, não vai atingir a cota máxima”, explica, enfatizando que o Idepi está trabalhando na construção das barragens de Atalaia, em Corrente; e Ciro Nogueira, localizada no município de Brasileira.
Barragem do Caldeirão
De responsabilidade do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), a Barragem do Caldeirão, em Piripiri, também está sendo monitorada pelos órgãos públicos. O reservatório funciona em conjunto com a PI-237, rodovia importante da região. Identificados em visita técnica ainda em dezembro de 2018, desgastes estruturais por conta do período chuvoso já foram reparados e uma obra de drenagem lateral deverá ser feita em parceria com o Departamento de Estradas e Rodagens, órgão estadual responsável pela rodovia.
O coordenador Nacional do Dnocs, Djalma Policarpo, assegura a segurança da estrutura. “O DER fará a drenagem do coroamento das ombreiras da barragem. Houve um problema na crista e o DER fará as drenagens transversais. O Dnocs tem R$ 1 milhão em obras civil e hidromecânicas. A população de Piripiri pode ficar tranqüila porque as medidas estão sendo tomadas para manter a segurança do reservatório e da população que vive ao entorno da obra”, garantiu.
Tráfico de carretas
O Dnocs e o DER orientam para que seja evitado o tráfico intenso de carretas e cargas pesadas com destino a Lagoa do São Francisco pela parede da barragem do Caldeirão, como forma de preservar a estrutura da barragem.