No município de Paes Landim não se fala noutra coisa. Desde o ano passado quando o prefeito Gutemberg Moura de Araújo, PT, foi cassado por abuso do poder político e econômico, pelo juiz Leon Eduardo Rodrigues Sousa, só se fala no afastamento definitivo do gestor municipal.
Até mesmo o grupo do prefeito está convencido de que as chances de reverter o caso nas cortes superiores não ínfimas. Tanto que já articula o nome do empresário Francinaldo Moraes, PT, como pré-candidato numa possível eleição extemporânea.
Por outro lado a oposição também se mobiliza. O nome trabalhado seria o da esposa do ex-prefeito Carlos Alberto, dona Vânia Carbalho ou mesmo o nome do filho dele, Thalles Moura Fé Marquesc.
Só que em caso de cassação definitiva, assume a prefeitura o presidente da Câmara Municipal, vereador Idelbrando Borges Pereira. E o grupo dele não esconde que numa eleição suplementar o nome de Idelbrando Borges também será lançado.
ENTENDA O CASO
O prefeito Gutermberg Moura, o Gutim, foi cassado em duas Ações: um a AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL ELEITORAL - AIJE e uma AÇÃO DE IMPUGNAÇÃO DE MANDATO ELETIVO - AIME. As duas Ações foram movidas pelo candidato derrotado nas eleições municipais passadas, Thalles Moura Fé Marques, PPS.
Na primeira Ação, a AIJE, o juiz Leon Rodrigues cassa os mandatos do prefeito Gutim, do vice-prefeito Josima Mauriz da Silva, PRB, e ainda da vereadora Teliane Moraes e Silva, PT. Os três foram cassados com base numa denúncia de compra de votos onde o prefeito na companhia da vereadora prometeu o pagamento de R$ 6 mil reais à família de um professor do município.
O ato criminoso foi gravado pelo professor. Foi com base nessa gravação devidamente periciada e comprovada a autenticidade que o juiz sentenciou os três. A vereadora porque encontrava-se presente no momento da negociação e ainda se comprometeu a arcar com a metade do pagamento.
Já na AIME, o juiz declarou a inelegibilidade e cassou os diplomas e os mandatos dos candidatos eleitos aos cargos de prefeito e vice-prefeito do município de Paes Landim: Gutemberg Moura e Josima Mauriz. E ainda declarou nulos os votos obtidos na eleição de 2 de outubro de 2016.
O prefeito mantém-se no cargo por força do efeito suspensivo da recurso que impetrou junto ao TRE. O procurador regional eleitoral já emitiu parecer favorável à manutenção da sentença do juiz de piso, nas duas Ações.
O julgamento das duas Ações ainda não tem data marcada para ir a julgamento no TRE, mas acredita-se que possa ser julgado já no próximo mês de março.
Perdendo no TRE do Piauí, o prefeito Gutim ainda pode recorrer ao TSE, em Brasília. Mas nesse caso, o recurso não tem efeito suspensivo, ou seja, terá que recorrer fora do cargo.
Foto: Divulgação
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