Bolsonaro e Michelle participam de cerimônia no Planalto sobre Dia Internacional da Mulher
Data é comemorada nesta sexta, 8 de março. Servidoras do governo federal e ministras foram convidadas para a cerimônia. Vice Hamilton Mourão e a mulher, Paula, também participaram
O presidente Jair Bolsonaro e a primeira-dama, Michelle, durante cerimônia sobre o Dia da Mulher, no Planalto
No discurso, Bolsonaro afirmou que o ministério está "equilibrado" ao ter 20 ministros e duas ministras. Na opinião de Bolsonaro, cada ministra vale por "dez homens".
De acordo com a assessoria da Presidência, também participaram do evento o vice-presidente Hamilton Mourão e a mulher, Paula, além de Raquel Dodge (procuradora-geral da República) e as ministras Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) e Tereza Cristina (Agricultura).
Ainda segundo a assessoria, servidoras do governo federal também foram convidadas para a cerimônia, realizada no Salão Oeste do Planalto. A imprensa só foi autorizada a acompanhar parte da cerimônia.
Discurso de Michelle Bolsonaro
A primeira-dama Michelle Bolsonaro discursou na cerimônia. Ela agradeceu as funcionárias dos palácios do Planalto, da Alvorada e do Jaburu e da Granja do Torto, residências oficiais da Presidência, e destacou que ser mulher é "ter no coração um lugar para todos os sonhos do mundo".
"Cada mulher que celebra conosco esse dia tão importante, sabe que trazemos em nós o dom de Deus, da transformação e a capacidade de reinventar a história. Somos comandantes de nossos destinos. E o destino que queremos é sermos persistentes em nossa caminhada", declarou.
A primeira-dama disse que o "mais importante" para as mulheres é lutar diariamente em busca de oportunidade, respeito e da "necessária acolhida e o merecido reconhecimento".
Michelle ainda desejou as mulheres do país que elas possam se "orgulhar" da delicadeza e força.
"Desejo que todas nós possamos nos orgulhar, todos os dias, da delicadeza e da força feminina em edificar famílias, impulsionar solidariedade e transformar vidas", encerrou.
Respeito à dignidade
Ao discursar, Raquel Dodge destacou que as mulheres querem respeito à dignidade delas, acrescentando que as mulheres têm os mesmos direitos civis e políticos dos homens, segundo a Constituição.
"Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações nos termos desta Constituição", disse.
A procuradora-geral destacou, ainda, que a lei impede diferenças salariais, para as mesmas atividades, por causa de sexo, idade, cor ou estado civil. Raquel Dodge também disse ser preciso fortalecer a rede de combate à violência contra a mulher.
"Violência doméstica mata, mutila e humilha muitas mulheres no Brasil", declarou.
A procuradora também elogiou o trabalho da primeira-dama Michelle Bolsonaro em favor da língua de sinais e da assistência para pessoas com doenças raras.
Governo orientará profissionais de beleza a denunciar sinais de agressão contra mulheres
Campanha do governo federal
Mais cedo, nesta sexta, Damares Alves lançou a campanha Salve uma Mulher, cujo objetivo é treinar profissionais que lidam com o público feminino, como os da área de beleza, a identificar e denunciar sinais de agressão contra as mulheres (veja no vídeo acima).
O lançamento da campanha foi feito durante a cerimônia de assinatura de um acordo entre os ministérios dos Direitos Humanos e da Justiça para fortalecer as políticas públicas voltadas à proteção da mulher.
Segundo Damares Alves, existe uma relação de confiança entre as clientes e os profissionais de beleza. O treinamento, acrescentou, é importante para as agressões serem denunciadas.
"[Vamos] treinar as manicures para quando estiver fazendo a unha da mulher, olhar se tem uma marca no braço, se essa mulher não está tremendo muito. Treinar os cabeleireiros na hora de erguer o cabelo para fazer uma escova, olhar se não tem uma mancha", explicou a ministra.
Na oportunidade, Damares também declarou que o governo deverá ir até as escolas para conversar com a crianças de quatro e cinco anos de idade a fim de ensinar meninos a amarem as meninas.
A ministra argumentou que ensinar meninos a entregar flores e a abrir a porta do carro para meninas não colocará a mulher em uma situação de fragilidade, mas a elevará "a um patamar de ser especial pleno".