Globo e Palmeiras se reúnem hoje (22) na tentativa de, finalmente, bater o martelo nas negociações pelos direitos de transmissão de TV aberta e de pay-per-view. Há expectativa dos dois lados para que o acordo seja assinado hoje e já anunciado com duração de seis anos.
A ideia da emissora é que o jogo de sábado, contra o Botafogo, em Brasília, já seja transmitido no pay-per-view. A princípio, esse encontro seria mais uma das partidas que não poderiam entrar na grade de nenhum canal, a exemplo do que foi o jogo contra o CSA, em Maceió, e Atlético-MG, em Belo Horizonte.
A Globo topou não multar o Alviverde pelo acordo com o Esporte Interativo. No início das negociações, a emissora carioca gostaria de tirar 20% do valor de contrato por conta do acerto de outros clubes com a concorrência.
Agora, no encontro de hoje, o Palmeiras pretende colocar no papel o que está se encaminhando em relação ao acordo do pay-per-view. O Alviverde quer uma garantia de quanto vai receber do Premiere, assim como Corinthians e Flamengo.
O time presidido por Maurício Galiotte nunca cogitou receber o mesmo que os rivais. A briga é para que a diferença entre os clubes não seja tão grande quanto a proposta inicial da emissora.
Afinal, quanto o Palmeiras vai ganhar?
O modelo de cotas de televisão prevê uma divisão com o mesmo sistema para todos os clubes. Pela TV aberta, serão R$ 600 milhões divididos entre os 20 clubes da Série A da seguinte maneira: 40% do bolo distribuído igualmente entre todos os clubes, o que significa R$ 12 milhões para cada; 30% com base no desempenho no campeonato; 30% de acordo com o número de transmissões.
No Premiere, os clubes dividirão cerca de R$ 650 milhões de acordo com o tamanho de suas torcidas. O Palmeiras quer receber pelo menos 10% disso, o que significa R$ 65 milhões. Corinthians e Flamengo, para base de comparação, têm uma garantia de quase 18,5% cada.
Além disso, os clubes também podem negociar luvas de maneira independente. Esse valor entra de maneira integral, no ato da assinatura.