Dois dias após serem presos, os três suspeitos de operar um esquema criminoso que teria fraudado um contrato de cerca de R$ 1 milhão já estão soltos. O contrato fraudulento teria sido feito entre a empresa de um dos presos e a Prefeitura Municipal de Guadalupe.
As prisões, que foram realizadas na quinta-feira (25), são frutos da Operação Lixo de Ouro, que investiga a fraude no contrato de prestação de serviços de limpeza pública no município. Os três suspeitos, um secretário municipal, sua esposa e um empresário do ramo da construção civil estavam presos na carceragem da Delegacia de Guadalupe.
Suspeitos em liberdade
Na decisão judicial o desembargador Pedro Alcântara, que assina o documento, afirma que entende que a prisão dos investigados é desproporcional, pois os três são réus primários.
O delegado Thiago Silva, da delegacia de Guadalupe, informou que a soltura dos investigados pode prejudicar as investigações, que ainda estão em andamento. De acordo com o delegado, os investigados tiveram ativos bloqueados pela Justiça, mas que o dinheiro que teria sido desviado pelo esquema criminoso não foi localizado e que agora eles vão ter oportunidade de ocultar o dinheiro.
A investigação continua. O delegado afirmou que o inquérito deve ser finalizado em breve, e encaminhado para o Ministério Público.
Sobre a Operação
A operação foi deflagrada para desarticular um esquema que teria desviado recursos públicos da prefeitura de Guadalupe. Denominada “Lixo de Ouro”, a ação visa coibir a prática de fraudes a licitação, corrupção passiva e ativa e falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Na ação, o empresário Edvan Morais, o secretário de planejamento e gestão do município, Willames Bomfim e sua esposa, Vanessa Rodrigues, foram presos. Apolícia também fez buscas na Secretaria de Infraestrutura de Guadalupe.