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10/08/2019 07h50
Por: Redação

Sergio Chapelin deixa o Globo, ele pediu para se aposentar

A partir de setembro, Maria Julia Coutinho, a Maju, será a única apresentadora do Jornal Hoje, que será reformulado. Sandra Annenberg irá para o Globo Repórter ao lado de Glória Maria.

A decisão foi comunicada nesta sexta-feira (9) por Ali Kamel, diretor de jornalismo da emissora, em um longo email divulgado internamente.

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Segundo Kamel, Sergio Chapelin, que está na TV Globo desde 1972, pediu para se aposentar. Ele deve permanecer ligado à emissora, como Cid Moreira. Os dois são considerados símbolos da emissora.

As mudanças ocorrem após a saída de Dony de Nuccio da bancada do Jornal Hoje. O apresentador pediu demissão após ter envolvimento com banco divulgado.

No email interno, Kamel fez uma longa homenagem a Chapelin, descrevendo a carreira dele e também as de Glória, Sandra e Maju.

LEIA A ÍNTEGRA DO EMAIL DO DIRETOR:

"Hoje é dia de homenagens e de lembrar histórias. Cinco anos atrás, Sérgio Chapelin me procurou. Era a época de renovação do contrato. Sempre gentilíssimo, ele me disse que acreditava que era hora de parar. Sérgio adora o que faz, tem uma relação de décadas com o público, com o jornalismo, mas queria mais tempo para a família, para aproveitar a vida sem tantas obrigações. Eu discordei, e o carinho dele pelo público e pelo jornalismo é de tal ordem, que ele acabou se convencendo a ficar mais cinco anos e a voltar a conversar sobre o assunto no futuro. Esse futuro chegou, ele me procurou algumas semanas atrás e a conversa se repetiu. Mesmo apaixonado pelo que faz, Sérgio ponderou que é parte da sabedoria encontrar o momento de desacelerar e aproveitar mais a vida, o tempo com a família.

Conversar com Sérgio é sempre um prazer. Algo na natureza dele o faz ser o mesmo de quando começou na Globo, quase cinquenta atrás, um pioneiro: a vitalidade, a voz, a energia, o carisma são os mesmos (temperados pelos cabelos grisalhos). Com anos de diferença, eu e ele temos uma origem profissional comum, a Rádio Jornal do Brasil, e essa coincidência me alegra. Quem o trouxe para a Globo foi Dirceu Rabelo, a "voz" da Globo ainda hoje. Dirceu o chamou para um teste em 1972. Ele veio em roupas esportivas, o cabelo longo e se pôs à prova diante de nossa querida Alice-Maria e do editor Silvio Júlio. Foi aprovado, mas teve de voltar no dia seguinte com uma orientação expressa de Alice: "Venha com terno e gravata porque o Armando Nogueira vai ver tudo".

Armando adorou e Boni (José Bonifácio de Oliveira Sobrinho), também. Boni o queria logo no Jornal Nacional, mas Armando precisava dele no Jornal Hoje, para substituir Ronaldo Rosas. Sérgio dividiria a apresentação com Sônia Maria e com Márcia Mendes. "E também com dois comentaristas muito jovens, Nelson Motta e Scarlet Moon", Sérgio me contou, sorrindo, mas logo lamentando a morte precoce de Marcia e Scarlet. Ficou no Hoje apenas um mês, porém. O sucesso foi tão grande que quando o saudoso Hilton Gomes deixou o Jornal Nacional, Sérgio foi o escalado para fazer dupla com Cid Moreira, e essa dupla marcaria para sempre a história da Globo. Sérgio participou também da estreia do Fantástico, em 1973, sem deixar o Jornal Nacional, e foi o primeiro apresentador do Globo Repórter. Eu disse a ele que isso era um feito, mas Sérgio, sem nunca abandonar seu jeito simples, me disse: "É um orgulho, claro, mas naquela época, eu apresentava o Jornal Nacional, o Fantástico e o Globo Repórter, não tinha moleza, mas era tudo um grande prazer".

Em 1974, o grande Heron Domingues, que apresentava no fim da noite o Jornal Internacional, teve um enfarte fulminante que o matou tão cedo. Foi logo depois de divulgar aos brasileiros uma informação de repercussão mundial: a renúncia do presidente Nixon, o ápice do escândalo Watergate. Foi uma edição marcante. O satélite abriu antes do início discurso do presidente. Não estava no ar nas emissoras, somente em circuito fechado para quem tinha acesso ao sinal da Casa Branca. Nixon começou a brincar em frente à tela, fez caretas e sorriu. Armando Nogueira, com o jornal no ar, disse a Jorge Pontual, redator do telejornal, para usar as imagens e escrever um "boa Noite" com base nelas. Pontual correu para escrever a tempo o texto, que finalizava assim: "Como um ator antes da novela, como um político que fez sua carreira dominando a televisão e às vezes sendo vencido por ela, Richard Milhous Nixon se despediu do cargo mais visado da terra com um sorriso". Pontual se agachou por debaixo da mesa de Heron e entregou o papel com o texto. E Heron leu a nota, com aquelas imagens exclusivas (Pontual viria a ser por muitos anos diretor do Globo Repórter e, hoje, é correspondente em Nova York). Era o dia nove de agosto de 1974, e, na noite seguinte, lá estava Sérgio substituindo o amigo morto na véspera. Ficou na função por nove meses, quando o Jornal Amanhã foi criado, com apresentação de Carlos Campbell e Marcia Mendes. Voltou para o Jornal Nacional, onde ficou até 1983, ao lado de Cid, apresentando também eventualmente o Fantástico, Globo Repórter e a primeira versão do Jornal da Globo.

Fonte: Folhapress
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