O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, lançou o novo Comando Espacial dos Estados Unidos, estabelecido pelo Pentágono para manter o domínio americano na última e definitiva fronteira militar. O SpaceCom cria no espaço um novo palco de combates, principalmente com a utilização de satélites e aeronaves de grande altitude.
"Este é um dia marcante, em que reconhecemos a centralidade do espaço na defesa e segurança da América", disse ele. O novo comando deverá "assegurar que a superioridade no espaço jamais seja questionada ou ameaçada".
"Os perigos para o nosso país evoluem constantemente, e nós também devemos evoluir", afirmou Trump. "Nossos adversários já armam a órbita terrestre com novas tecnologias que visam satélites americanos fundamentais tanto nas operações nos campos de batalha quanto em nosso modo de vida em casa."
"Nossa liberdade de operar no espaço é também essencial para detectar e destruir qualquer míssil lançado contra os EUA", acrescentou. A Força Aérea americana já realiza operações balísticas no espaço, que serão agora reforçadas pelo SpaceCom. O novo órgão de defesa promoverá sistemas especializados e treinamentos para futuros combates no espaço.
Chefes das Forças Armadas do país alertam que China e a Rússia representam ameaças crescentes ao domínio americano no espaço. O general da Força Aérea John Raymond, que vai coordenar o novo comando, disse que as duas nações rivais já destinam grandes somas para suas operações espaciais, as quais, em caso de conflito, seriam capazes de comprometer a superioridade americana.
As agressões variam de interferências nas comunicações e em satélites de GPS até ataques de mísseis lançados a partir do solo para destruir satélites, como demonstrou a China em 2007.