Se você também uma conta no Instagram, provavelmente já passou um bom tempo olhando fotos de seus amigos e celebridades sorrindo ou em viagens incríveis. Porém, uma pesquisa concluiu que essa rede social é a mais prejudicial à saúde mental.
»Tom Zé abre Festival Multiplicidade e compõe música inédita para o evento
»Justiça rejeita liminar de Nego do Borel e cantor leva bronca
O estudo foi feito pela instituição Royal Society For Public Health, do Reino Unido. Cerca de 1.500 voluntários de 14 a 24 anos foram entrevistados e 90% deles utilizam mídias sociais.
Piores redes sociais para a saúde mental
De acordo com a pesquisa, este é o ranking de redes sociais mais aliadas à sensação de solidão e ansiedade:
1ª: Instagram
2ª: Snapchat
3ª: Facebook
4ª: Twitter
5ª: YouTube
Para Shirley Cramer, CEO da instituição, o Instagram foi descrito pelos jovens entrevistados como mais viciante do que cigarros e álcool. Ela diz que a rede social, bem como o Snapchat, são plataformas "muito focadas na imagem e parece que elas podem estar gerando sentimentos de inadequação e ansiedade nos jovens".
Exposição na internet
Ainda, dados da Pew Research Center revelam que os jovens adultos são os internautas mais ativos no Instagram: 64% dos usuários entre 18 a 29 anos têm um perfil na rede. Vale ressaltar que o Instagram possui mais de 1 bilhão de contas ativas.
Yuri Busin, psicólogo especialista em Neurociência Cognitiva, afirma que o Instagram virou uma rede social de exibição, pois o que é postado representa somente uma fração da realidade.
"O Instagram é uma maquiagem da vida do outro", comenta. Devido à comparação excessiva com outras pessoas, além da exposição própria na web à espera de curtidas e visualizações, o usuário se sente frustrado, nutrindo um sentimento de insuficiência - o que pode levar à ansiedade, depressão e até suicídio.
Vício em mídias sociais
De acordo com o psicólogo, se expor e acompanhar exposições alheias nas mídias sociais ativam o cérebro da mesma forma que outras drogas, como cigarro e álcool. Como resultado, internautas estão cada vez mais viciados em estar conectados.
Para ele, este vício é consequência de uma geração transacional. Ou seja, um público jovem que não teve informações de como utilizar as redes sociais de forma benéfica.
Como evitar ou amenizar os males do Instagram
O psicólogo Yuri Busin dá algumas dicas para diminuir ou mesmo driblar a dependência de redes sociais, principalmente do Instagram.
Reduza seu tempo diário no Instagram gradativamente.
Mentalize que a realidade mostrada na rede social é apenas um recorte da vida do outro, aquilo que ele realmente quer mostrar.
Escolha bem quem você segue: opte por perfis que agregam algo positivo - tanto em autoestima quanto em conhecimento.