O ex-presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), Coaracy Nunes, foi condenado pelo Tribunal Regional Federal de São Paulo (TRF-SP) a uma pena de três anos de detenção e 11 anos e oito meses de reclusão em processo que investigou desvios de recursos públicos feitos pela entidade.
Além disso, o dirigente foi condenado ao pagamento de 487 dias-multa, sendo que cada dia-multa corresponde a um quinto do salário mínimo vigente. Cabe recurso.
A pena de reclusão é em regime fechado, aberto ou semiaberto. Já a detenção é em regime semiaberto e aberto.
Em seu despacho, a juíza federal Raecler Baldresca afirma que a “reprovabilidade da conduta de Coaracy ainda aumenta quando são constatadas suas características pessoais: foi presidente da CBDA por quase duas décadas, atuando em diversos procedimentos licitatórios, sendo nefastas as consequências de seus atos fraudulentos para o esporte nacional, mais especificamente para os esportes aquáticos, dos quais deveria ser o maior defensor”.
Na verdade, Coaracy presidiu a CBDA por 29 anos. Em 2017, a Polícia Federal prendeu o dirigente durante a Operação Águas Claras, que investigou esquema de desvios de recursos públicos na entidade. A CBDA recebe verba pública via Lei Agnelo/Piva, que destina parte dos recursos das loterias da Caixa para o esporte olímpico e paralímpico.