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Política Ex-presidente
29/10/2019 16h12
Por: Redação

Recurso de Lula na Lava Jato andou mais rápido que 76% dos casos

O processo do sítio de Atibaia (SP), cujo principal réu é o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, teve um período inicial de tramitação no TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) mais rápido que o de 76% dos casos da oitava turma da corte, responsável pelos processos da Lava Jato.

O recurso que envolve o petista levou 120 dias entre o momento em que foi protocolado e o fim da elaboração do voto do juiz relator.

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

O processo contra Lula, que foi condenado em primeira instância por corrupção e lavagem de dinheiro, é considerado complexo e demanda mais análise do que outros casos julgados pelo TRF-4, como crimes de contrabando.

O levantamento foi feito pela Folha de S.Paulo com base em 993 processos que corriam este ano na turma e que foram liberados pelo relator para a revisão -ou seja, nos quais o voto já havia sido concluído.Apesar da rapidez com que tramitou, o caso do sítio de Atibaia pode retroagir em nove meses por causa de uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de que réus que não são delatores precisam se manifestar por último em ações penais.

O entendimento fez o TRF-4 marcar para esta quarta-feira (30) um julgamento que irá decidir se, por este motivo, o caso de Lula deve ter a sentença anulada e voltar à primeira instância. O procurador regional Maurício Gerum, da força-tarefa da Lava Jato, já se manifestou de forma favorável à anulação.

Os dados de todos os processos que tramitavam nas turmas criminais do TRF-4 em 15 de maio deste ano foram informados pelo próprio tribunal no dia 30 de setembro à defesa de Lula.

Em uma análise mais ampla, contando os processos da oitava turma que nem sequer tiveram o voto do relator concluído, o processo do sítio foi mais célere que 86% das 1.702 ações.

O TRF-4 é o tribunal que analisa os recursos a decisões da Justiça Federal de 1ª instância nos estados da região Sul, inclusive os da Lava Jato em Curitiba.

Quando um recurso chega ao tribunal, normalmente ele é distribuído a um juiz relator (no caso dos processos da Lava Jato, a João Pedro Gebran Neto), que elabora um relatório e, ao final, encaminha para um juiz revisor (na operação, é Leandro Paulsen), que pauta a data do julgamento.

O caso do sítio de Atibaia foi enviado para a revisão em 11 de setembro, 120 dias após chegar ao tribunal. Nem sempre os processos costumam correr de forma tão rápida. Por exemplo, numa ação que analisava o recurso de um homem acusado de entrar em uma agência dos Correios em Jaguapitã (PR) e roubar R$ 2.482, o voto demorou 380 dias para ser enviado ao revisor.

Antes do sítio, o outro processo em que Lula foi condenado na Lava Jato, sobre o tríplex em Guarujá (SP), também havia tramitado de forma célere no TRF-4. Foram 154 dias até o julgamento na corte. À época, apenas um réu da Lava Jato havia sido julgado pela oitava turma de forma mais rápida: Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras, em 138 dias.

Levantamento feito pela Folha de S.Paulo em 2017 apontou que, naquele ano, apenas dois processos públicos por corrupção foram decididos em menos de 150 dias no TRF-4. No caso de lavagem de dinheiro, nenhum mérito foi julgado -foi apenas decidido em um caso que a competência para a decisão era da Justiça Federal do Rio Grande do Sul.

À época, o ex-presidente havia sido condenado a nove anos e seis meses de prisão pelo então juiz Sergio Moro. A pena foi aumentada por unanimidade pelo TRF-4 a 12 anos e um mês em janeiro de 2018 -e depois reduzida neste ano no STJ (Superior Tribunal de Justiça). Em abril do ano passado, Lula foi preso e levado à sede da Polícia Federal em Curitiba, onde cumpre pena.

Fonte: Folhapress
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