Aconteceu no último sábado (23), na Praça de Alimentação do Piauí Shopping, a I Mostra Cultural Afro Brasileira, com exposições de trabalhos realizados por negros, que enfatizaram a raiz africana, atividade esta ainda em alusão ao Dia da Consciência Negra.
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“Começamos atividades que, para nós, pareciam difíceis, principalmente por conta da escassez financeira, apenas com recursos humanos e viemos nos arrastando. Para se ter uma ideia, nossas atividades sobre a “Consciência Negra” vão até dia 30, passando por escolas e quilombos. Estaremos presentes para fomentar e partilhar dessa história”, relatou Mano Chagas, líder da Negritude Picoense e diretor do Grupo Cultural Adimó.
Ele ainda agradeceu a todos que se empenharam em tornar possíveis as atividades alusivas à Consciência Negra.
“Agradeço à nossa equipe e ao pessoal que nos têm apoiado, que têm dado o suporte para prosseguirmos com essas atividades. Tivemos também o apoio de um curso de extensão da Universidade Estadual do Piauí, a Liga Joeme – Jornalismo, Educação e Memória, que tem nos assessorado. Então só tenho e quero agradecer a todos por esses dias de eventos que pareciam impossíveis de acontecer, mas que realizamos e com graça”, declarou.
Não apenas jovem, mas mulher e negra, a empresária e estilista Vanessa Vasconcelos foi um dos destaques da I Mostra Afro Brasileira. Formada pela UniNovafapi, na capital piauiense, em Designer de Moda, ela voltou para sua terra natal – Picos – com o intuito de elevar sua raça e mostrar que todas são iguais.
“Eu sou apaixonada pela cultura africana, então sempre gostei de exaltar a minha negritude. Essa coleção de roupas que apresentei hoje é a coleção com que eu me formei e resolvi fazer inspirada no Kuduro, na África, porque gosto de dançar, de exaltar o gingado africano, as cores, os elementos, toda a riqueza que a cultura afro, a cultura negra tem. Essa I Mostra Afro Brasileira foi feita para mostrar que a união e o respeito fazem a força. Então trabalho com modelos negros, loiras, ruivas, e minha coleção de roupas é inspirada na África, no Kuduro, mas os modelos foi uma mistura, pois, para mim, a união faz a força, e é isso que quero passar para todo mundo. A cultura negra é rica e temos muito para mostrar, temos uma versatilidade muito linda”, destacou ela.
Além de um desfile voltado totalmente para a temática em questão, houve a exibição de peças africanas, como brincos, colares e outros artigos, e também espaço para as trancistas e danças.