Fernando Haddad, candidato do PT a presidente em 2018, levou o título de “rei das fake news”, respondendo 15 processos na Justiça Eleitoral por contar mentiras na campanha. Bolsonaro ficou com o vice: respondeu a 14 ações por mentir aos eleitores. Márcio França (PSB), candidato ao governo de SP, ficou em terceiro, com 13 processos.
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Poste
Percebendo que o PT quer colocá-lo em mais uma roubada, Haddad já avisou ao partido que não pretende ser candidato a prefeito de São Paulo em 2020, como deseja a cúpula petista. Haddad deu o refrão: “Preciso me reorganizar e ganhar fôlego para as campanhas que virão pela frente”. Ele sonha em voltar a ser o poste de Lula em 2022.
Novo PSDB
Depois de ter perdido feio a eleição presidencial em 2018, o PSDB está mudando com vistas às próximas eleições, sobretudo em relação à sucessão de Bolsonaro em 2022. O primeiro passo da modernização do partido, agora presidido pelo ex-deputado Bruno Araújo, foi a consulta a 500 mil filiados por meios eletrônicos sobre os assuntos mais importantes do momento. Apesar de os tucanos decidirem que farão oposição a Bolsonaro na área de costumes, o partido resolveu, em seu Congresso Nacional realizado no sábado 4, em Brasília, com a presença de 700 convencionais, que continuará apoiando as reformas e a política de privatizações. Ou seja, o novo PSDB defenderá o liberalismo econômico, mas continuará condenando o autoritarismo e a política de extrema-direita de Bolsonaro.
Aclamado
O congresso tucano contou com o protagonismo dos governadores João Doria (SP) e Eduardo Leite (RS). Os dois chegaram a rivalizar, pois ambos são pré-candidatos a presidente da República. Mas, ao final, pousaram para fotos juntos, com a promessa de união para no futuro. Doria saiu aclamado como presidenciável para 2022. Leite será vice?
FHC
Algumas ausências foram sentidas, como as de Serra, Alckmin e Aécio, os últimos candidatos a presidente. A mais notada, porém, foi a do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, sobretudo porque ele anda defendendo o nome de Luciano Huck para 2022. Por isso mesmo, Doria visitou FHC no domingo 5, em seu apartamento no bairro de Higienópolis.
O ministro Luís Roberto Barroso, que assumirá a presidência do TSE em maio, promete atacar assuntos polêmicos no tribunal, como a prestação de contas dos partidos. Vencido no julgamento em que o STF derrubou a possibilidade de suspender os diretórios que deixarem de prestar contas, Barroso afirmou: “Partido político não é quitanda. Partido político recebe dinheiro público e tem que prestar contas.”
Rápidas
Retrato falado
Sempre que há ameaças à democracia, ressurge o ex-ministro da Justiça, José Carlos Dias. Aos 80 anos, agora ele está à frente da Comissão Arns, que luta pela preservação dos Direitos Humanos. Recentemente, Dias denunciou Bolsonaro ao Tribunal Penal Internacional, em Haia, na Holanda, por crimes contra a humanidade. O presidente brasileiro teria incitado ataques à comunidade indígena. O ex-ministro assessorou dom Paulo Arns em sua luta contra a ditadura militar (1964 a 1985).
Expulsos do paraíso
Os bolsonaristas tiveram revezes em série esta semana. Começou com o deputado Eduardo Bolsonaro, que foi suspenso do PSL por um ano, por ter desrespeitado o estatuto e o código de ética da sigla. Entre outras coisas, ofendeu a deputada Joice Hasselmann. Por isso, inclusive, pode até ter o mandato cassado. Com a punição, dançou na liderança do partido na Câmara. Pior: ficou também sem a embaixada em Washington. Vai ver Trump pela TV. Dudu perderá, ainda, o cargo de presidente do PSL de São Paulo, que tanto teimou em ter. Quem tudo quer, nada tem. Outros 17 deputados do PSL foram punidos pela direção bivarista. Está provado: política não é para amadores.
O deputado Marco Feliciano (SP), pastor ligado a Bolsonaro, teve azar semelhante: foi expulso do Podemos, o partido que teve Álvaro Dias como candidato a presidente em 2018. Ao invés de fazer campanha pelo senador do Paraná, Feliciano vestiu a camisa de Bolsonaro. Vai para o Aliança pelo Brasil.
Depois de ter cedido sua casa no Rio para Bolsonaro gravar a propaganda eleitoral, Paulo Marinho foi chutado para longe. Mas, agora, ele é o presidente do PSDB do Rio. Na condição de ex-coordenador da campanha do PSL, ele foi chamado à CPMI das Fake News. “Os bolsominios são um bando de desocupados”