Marcos Vinícius Alves Gomes possui uma doença grave e rara, “A DOENÇA DE CROHN”. Trata-se de uma doença inflamatória que ataca os órgãos do sistema digestivo, mas principalmente o interior do intestino delgado e a parte central do intestino grosso, o cólon. Esse processo inflamatório é extremamente invasivo e doloroso, os sintomas geralmente incluem dores abdominais, diarreia (que pode conter sangue no caso de inflamações graves), febre e perda de peso. Podem também ocorrer complicações fora do aparelho digestivo, entre as quais anemia, exantema, artrite, inflamação do olho e fadiga, que torna a vida de Marcos Vinícius intensa e sofrida. Ele já passou por inúmeras cirurgias e internações, e sua última internação já dura dois meses e sem previsão de alta.
Segue o relato de Marcos Vinícius sobre seu estado:
“Dia 21 de Novembro dei entrada no Hospital São Pedro com fortes dores na barriga e vomitando muito. Fiz tomografia e foi detectada uma perfuração intestinal. Me transferiram para o ProntoMed às pressas de ambulância. A ida do Hospital São Pedro ao ProntoMed foi sufocante, senti muitas náuseas e vomitei muito, o suor que saia de mim era surreal. “E não para por aí: “Fiz uma cirurgia de grande porte de Urgência, passei 3 dias na UTI, recebi alta e fiquei mais 5 dias lá e recebi alta. Fui para casa dia 28 de novembro, mas o dia não foi bom, não consegui relaxar, não conseguia dormir, tomava remédios para dores e com falta de ar. Vim na noite do dia 28 de novembro ao Hospital São Paulo. Fiz uma bateria de exames e constatou, coleção abdominal e derrame pleural: nova abordagem cirúrgica dia 29 de novembro. Passei 3 dias na UTI, dessa vez com um dreno para tirar a água do pulmão.”
E a vida de Mavi, como é conhecido pelos seus amigos e familiares, tem sido uma correria desde que foi diagnosticado com a síndrome. E sua última experiência fora traumatizante, assustando mesmo os médicos: “O médico se admirou de como eu conseguia falar com tanta água no pulmão. Passei 3 dias até sair todo o líquido do pulmão. Recebi alta da UTI, subi para o apartamento.” Seu alívio fora momentâneo, pois após uma série de exames durante sua internação, fora descoberto em uma tomografia uma fístula intestinal, o intestino estava tendo contato com outros órgãos, prejudicando-os. Outra viagem até a sala de cirurgia, porém não podia fazer muita coisa, pois seu intestino já estava muito prejudicado e paralisado, então procuraram fechar a fístula com medicações. “Tive evoluções de dezembro para cá, a antiga ferida operatória cicatrizou, pois a secreção intestinal diminuiu. Mas fiz duas Tomografias, e no dia 24 de janeiro de 2020 tive que fazer uma drenagem para retirada de coleção(pus) da parede intestinal. Agora estou com nova ferida operatória, dessa vez menos invasiva e com um dreno para retirar a secreção do intestino.”
Sem poder comer ou beber, Mavi recebe se alimenta através de uma dieta parenteral, consiste em uma alimentação que é feito diretamente na veia que é quando o paciente já não consegue se alimentar da maneira convencional, este tipo de nutrição é utilizado quando a pessoa já não tem um trato gastrointestinal funcionando corretamente, o que mais frequentemente acontece em pessoas em estado muito crítico. O máximo que Marcos Vinícius pode fazer é beber um pouco de água para molhar a garganta.
Seus amigos e familiares estão procurando soluções para que Marcos Vinícius possa continuar com o tratamento, embora a doença não tenha cura, ele pode levar uma vida normal a base de cuidados específicos e com a ajuda de uma equipe médica e medicamentos. “Estamos aguardando a sabedoria médica, o apoio de toda equipe hospitalar, mas confiantes que Deus pode fazer o milagre” – diz Marcos Vinícius.
A história pode ser acompanhada através do Instagram de Marcos Vinícius: @mvinicius777