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Brasil Investigação
15/02/2020 09h10 Atualizada há 5 anos
Por: Redação

Caso Backer: possíveis intoxicações de 2 anos atrás são investigadas

A Polícia Civil investiga casos suspeitos de intoxicação por dietilenoglicol, a partir da ingestão de cervejas da Backer, que teriam acontecido em 2018 e 2019. O inquérito, aberto há mais de 40 dias, começou em janeiro deste ano quando várias pessoas em Minas Gerais manifestaram sintomas semelhantes, dores abdominais, náuseas, vômitos, alterações neurológicas e insuficiência renal.

"Um dos elementos foi o surgimento de pessoas que registraram no presente acontecimentos similares no passado, ou seja, elas indicavam sintomas, o histórico do consumo de cerveja em 2018 e em datas anteriores a outubro de 2019", disse o delegado Flávio Rossi.

Foto: Divulgação/Backer
Foto: Divulgação/Backer

A Polícia Civil apura 34 casos de intoxicação que podem estar ligados ao consumo de cervejas da Backer. Há quatro casos confirmados por dietilenoglicol, sendo uma morte.

Os exames que devem ser feitos nas outras vítimas ainda não têm data para começar. De acordo com a polícia, os reagentes necessários para concluí-los devem chegar até semana que vem.

A partir daí, a corporação acredita que os resultados de todos sairão em quinze dias. No total, seis pessoas suspeitas de intoxicação morreram. A polícia pediu a exumação de dois corpos.

Em nota, a Backer informou que "colabora com as autoridades desde o início das investigações. Reiteramos que a empresa nunca utilizou a sustância dietilenoglicol na fabricação de seus produtos. A Cervejaria Backer, seus consumidores e a sociedade como um todo, anseiam pela rápida conclusão das investigações".

Vistoria

Fiscais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) estiveram na tarde desta sexta-feira (14) na Cervejaria Backer no bairro Olhos D'Água, na Região Oeste de Belo Horizonte. Eles fizeram nova vistoria no local.

De acordo com a pasta, o objetivo "foi colher informações para auxiliar a apuração do processo administrativo". Fiscais que estiveram na fábrica disseram que foi uma operação de rotina.

A fábrica foi interditada pelo Mapa no dia 10 de janeiro. Segundo a Backer, os fiscais cumpriram "determinação judicial para o envase dos tanques já liberados. Por uma questão técnica, não foi possível realizar o trabalho. Os técnicos do MAPA deverão voltar à empresa na próxima semana".

Nesta quinta-feira (13), a empresa informou que já demitiu 150 pessoas. Ainda segundo a cervejaria, 52 funcionários diretos foram desligados. As demais demissões foram de prestadores de serviços terceirizados. Segundo a empresa, as dispensas estão sendo feitas desde o dia 15 de janeiro.

A substância tóxica dietilenoglicol foi encontrada pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) em cervejas da marca, em tanques e na água da fábrica em Belo Horizonte, que está interditada. A Backer sempre negou usar o dietilenoglicol no processo de fabricação, mas afirma usar o monoetilenoglicol.

Até o início das investigação, a Backer tinha cerca de 650 funcionários diretos e indiretos. Por causa da interdição da fábrica por parte do Ministério da Agricultura, todos foram mandados para casa. Não há previsão de retomada dos trabalhos.

Segundo a cervejaria, a empresa está fazendo esforço para não demitir, mas a interrupção da produção inviabiliza a manutenção de funcionários. A Backer ainda informou que depende da conclusão das investigações para obter respostas, retomar sua produção e evitar novas demissões.

Fonte: G1
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