O presidente Jair Bolsonaro passou a reconsiderar a indicação do ministro Jorge Oliveira, da Secretaria-Geral da Presidência, para o comando do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Entraram na mira do presidente integrantes do Judiciário.
O assessor presidencial era até esta sexta-feira (24) o nome favorito para o lugar de Sergio Moro. O ex-juiz da Lava Jato deixou a pasta após discordância na troca do comando da Polícia Federal.
Um ato de nomeação já havia sido preparado para ser publicado no Diário Oficial da União até a próxima segunda-feira (27).
Na manhã deste sábado (25), porém, o presidente repensou a decisão. Ele se reuniu com grupo de auxiliares no Palácio da Alvorada –entre eles o próprio Oliveira e o ministro Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional).
Segundo assessores palacianos, Bolsonaro passou a considerar arriscado retirar Oliveira do comando de uma estrutura considerada estratégica, a Subchefia para Assuntos Jurídicos.O órgão, subordinado à Secretaria-Geral, é responsável pela formulação das medidas provisórias e decretos presidenciais.
Antes de tomar posse como presidente, Bolsonaro foi aconselhado pelo chefe do STF (Supremo Tribunal Federal), Dias Toffoli, a escolher um nome de completa confiança. Isso porque o responsável pelo órgão precisa despachar todos os dias com o presidente e tem acesso à sua intimidade e a informações sigilosas.
Sem ainda ter um substituto, o presidente passou a avaliar um plano B para o lugar de Moro.O perfil buscado por Bolsonaro tem sido o de um jurista de renome, cuja indicação tenha força para arrefecer as críticas em torno da saída do ex-juiz da Lava Jato.
De acordo com relatos feito à Folha, até o momento foram considerados três nomes: o ex-presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo Ivan Sartori, o ex-presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª região Carlos Eduardo Thompson Flores, além do ministro do TST (Tribunal Superior do Trabalho) Ives Gandra Martins Filho.