Dos 10 países que reportaram mais casos nesse período, afirmou Ryan, 5 estavam nas Américas: Brasil, Estados Unidos, Peru, Chile e México.
Países com mais casos reportados à OMS entre 31/05 e 01/06
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PAÍS | CASOS |
Brasil | 33.274 |
Estados Unidos | 17.962 |
Rússia | 9.035 |
Índia | 8.392 |
Peru | 7.386 |
Chile | 4.830 |
Paquistão | 2.964 |
México | 2.885 |
Bangladesh | 2.545 |
Irã | 2.516 |
"Os países que tiveram os maiores aumentos, entretanto, foram Brasil, Colômbia, Chile, Peru, México, Bolívia", disse.
"E nós estamos vendo um aumento progressivo de casos diariamente em vários países diferentes", completou Ryan. "Os países têm tido que trabalhar muito, muito duro para entender a escala de infecção, mas, também, os sistemas de saúde estão começando a ficar sob pressão em toda a região".
Ele pontuou, ainda, que há respostas diferentes à pandemia em cada país da região.
30 de maio: coveiro usa roupas de proteção contra a Covid-19 no Cemitério Municipal Recanto da Paz, em Breves, no Pará, próximo à Ilha de Marajó. — Foto: Tarso Sarraf/AFP
"Nós vemos muito bons exemplos de países que têm uma abordagem do governo inteiro, da sociedade inteira, baseada na ciência, e vemos em outras situações uma falta e uma fraqueza nisso", disse.
Ryan também afirmou que a situação da pandemia na América do Sul está "longe de ser estável", e que não acredita que a região tenha chegado ao pico da pandemia. Ele pediu solidariedade aos países da região.
"Há muitas semanas, o mundo estava muito preocupado com o que aconteceria no sul da Ásia ou na África, e, até certo ponto, a situação nesses dois cenários ainda é difícil, mas é estável. Claramente, a situação em muitos países da América do Sul está longe de ser estável. Houve um aumento rápido de casos e aqueles sistemas [de saúde] estão sofrendo cada vez mais pressão", declarou.
10 de abril de 2020 - Crianças assistem a Jorge Alexandre jogar desinfetante no Morro Santa Marta, comunidade do Rio, para evitar a contaminação do novo coronavírus no Brasil — Foto: Leo Correa/AP
"Eu certamente descreveria que a América Central e a do Sul, em particular, com muita certeza se tornaram zonas de transmissão desse vírus hoje. E eu não acredito que chegamos ao pico dessa transmissão. E, neste momento, eu não posso prever quando vamos chegar", completou.
"Mas o que nós precisamos, sim, fazer é mostrar solidariedade aos países da América Central e do Sul. Precisamos ficar com eles, fornecer o apoio que pudermos para ajudá-los a superar esse vírus, como fizemos coletivamente para países em outras regiões. Esse é o momento de ficarmos juntos e não deixar ninguém para trás", disse.