Aposição sexual na qual a mulher ficar por cima do parceiro, conhecida como “dominadora”, é uma das queridinhas na cama. Ela aparece, por exemplo, em lista de posições que facilitam o orgasmo feminino, que estimulam o ponto G e também é adorada pelos homens, que podem apreciar o corpo feminino durante a relação.
Segundo a sexóloga Vanessa de Oliveira, a “sentada” exige um certo nível de resistência física ou destreza na hora de realizá-las e por este motivo é considerada um verdadeiro exercício. “Tem que se preparar, respirar fundo e pensar no prazer”.
A profissional conta que ficar por cima é bom para ambos, pois a mulher por cima controla a velocidade, ângulo e intensidade e, por isso, fica mais fácil manter o ritmo que realmente seja prazeroso. “A vulva e o clitóris também ficam facilmente acessíveis e a maioria das mulheres acha que a relação fica muito melhor quando, além da penetração, tem essa região do corpo estimulada”.
Além disso, estar no comando é interessante, pois remete a sensação de poder, como o próprio nome da posição já fala. É a mulher quem controla o sexo, exatamente do jeito que ela quer.
“Sabemos que toda regra tem exceção e não há problema algum se você não se sentir confortável em cima. O que funciona perfeitamente para sua melhor amiga pode simplesmente não surtir efeito nenhum em você se tentar repetir os movimentos com o parceiro ou parceira”, explica.
De acordo com Vanessa, algumas mulheres têm dificuldade em encontrar o ângulo ideal para a penetração quando estão por cima. “Ficar realmente sentada sobre o outro ou inclinar o corpo para a frente já irá mudar o ângulo que o pênis fica na vagina”.
Para achar a melhor posição, a especialista sugere mexer o tronco lentamente para frente, como se fosse deitar sobre o outro, ou para trás. Você também pode inclinar levemente para a direita ou para a esquerda. “Com essa brincadeira, em algum momento vai encontrar a postura ideal e mais prazerosa”, complementa.
O mesmo vale para a profundidade da penetração. Em uma primeira tentativa, o pênis pode ir fundo demais e a mulher pode até sentir um pouco de cólica. O caminho também é testar. “Se achar que a penetração está muito profunda, pode deitar o corpo para frente e se apoiar em seus braços ou antebraços, quase como a tradicional ‘papai e mamãe'”.
E se ainda assim tiver dificuldade, não pense que há alguma coisa errada com você. “Use as tentativas de encontrar a posição ideal como um momento para se conhecer e conhecer seu corpo”, frisa a sexóloga.
Oliveira reconhece que ficar no comando tem suas vantagens, mas também exige mais esforço da mulher. “No meio da transa ela pode se cansar ou mesmo sentir alguma dor – aquela cãibra indesejada bem nesse momento, sabe? Pode acontecer”, confessa.
A sexóloga lembra que a mulher sempre pode diminuir o ritmo, mas uma boa tática é pensar na respiração. A ideia, de acordo ela, é inspirar profundamente. “Faça respirações longas e profundas para não se cansar tanto”.
A sexóloga ainda ressalta que o segredo para aproveitar ao máximo a relação é relaxar. “Sexo é muito emocional, e para as mulheres experimentarem orgasmos profundos, algumas partes do cérebro precisam ser trabalhadas, como as que estão relacionadas a julgamento e controle”, comenta.
Ficar por cima também pode ajudar nesse ponto, já que algumas mulheres podem se sentir coagidas em outras posições que deixam o homem no controle. O ideal é pensar apenas no momento e fazer o que está com vontade, sem se importar com julgamentos de qualquer tipo.
O tesão de ficar no comando do sexo multiplica a excitação. E, para o homem, a estimulação diferente -mais para a frente e para trás do que para cima e para baixo – ajuda a demorar mais tempo para ejacular, dando mais tempo para a mulher gozar.
Além da posição cowgirl, um clássico que a pessoa fica montada no par de frente para ele, existem outras possibilidades para explorar (e não se cansar tanto). Confira: