O juiz da 8ª Vara Criminal da Comarca de Teresina, Washington Luiz Gonçalves Correia, decidiu manter medidas restritivas profissionais impostas a Arimateia Azevedo, entre elas, o direito de exercer a profissão de jornalismo.
O magistrado também negou o pedido da defesa do jornalista, proprietário do Portal AZ, para revogação da prisão domiciliar.
Segundo o juiz, tramita no Superior Tribunal de Justiça (STJ) processo de Habeas Corpus para tratar do pedido requerido, motivo pelo qual entendeu que decidir sobre o objeto incorreria em desobediência à hierarquia e estrutura do Poder Judiciário.
"Assim, não caberia a este Juízo decidir sobre objeto semelhante ao do Habeas Corpus que tramita no Superior Tribunal de Justiça”, afirmou o magistrado.
“Ademais, as condições de restrições laborais e pessoais impostas em desfavor do acusado, foram determinadas pelo Tribunal de Justiça Estado do Piauí e pelo Superior Tribunal de Justiça, e decidir sobre tais determinações não cabe a este Juízo de 1º Grau”, completou.
Arimateia foi preso no dia 12 de junho em sua residência, localizada na zona sudeste de Teresina, acusado de extorquir o cirurgião plástico Alexandre Andrade Souza, que depois de várias tentativas acabou cedendo e realizou o pagamento de R$ 20 mil em dinheiro a um homem de confiança do jornalista, um professor da UESPI, identificado como Francisco de Assis Barreto, que também acabou sendo preso.